O Ano-Novo é a comemoração de um novo ano que se inicia, e é celebrado na passagem de 31 de dezembro para 1º de janeiro. Também é chamado de Réveillon, termo em francês que significa “despertar”.
A véspera de Ano-Novo, 31 de dezembro, é o dia que antecede o 1º de janeiro, feriado nacional. O feriado do primeiro dia do ano comemora o Dia da Confraternização Universal.
Origem do Ano-Novo
Entre 753 a.C. e 476 d.C o início do ano civil acontecia no dia 1º de março. Para persas e fenícios, entre outros povos, a data ainda era outra, 23 de setembro.
A comemoração de Ano-Novo com a data que conhecemos hoje tem sua origem em 46 a.C, quando o governador romano Júlio César criou um decreto para que o dia 1º de janeiro fosse o Dia do Ano-Novo, que marcava o início do calendário juliano. Com a mudança para o calendário gregoriano, que utilizamos atualmente, a comemoração foi oficializada.
Vale lembrar que o Ano-Novo está relacionado com o tipo de calendário utilizado. Os chineses, por exemplo, comemoram o ano-novo em uma data que pode ocorrer entre os meses de janeiro e fevereiro. Para os judeus, o ano-novo, chamado de Rosh Hashaná, é celebrado no mês de Tishrei, que no nosso calendário ocorre em setembro ou outubro.
Como é comemorado o Ano-Novo no Brasil?
Existem diversas tradições típicas para a festa de comemoração do Ano-Novo, e cada país possui a sua. No Brasil, por exemplo, são praticados costumes das religiões africanas e afro-brasileiras como usar roupas brancas, pular 7 ondas e levar oferendas ao mar para Iemanjá.
Além disso, assistir aos shows de fogos de artifícios se tornaram tradição no país. Superstições, como comer uvas e guardar as sementes na carteira são realizadas para trazer prosperidade ao novo ano.
Cada cidade costuma concentrar a sua população num tradicional ponto turístico ou local de bastante significância para celebrar esta data.
No Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo são dois locais muito procurados para as comemorações de Ano-Novo, onde a atração principal são os fogos de artifício em Copacabana, no Rio, e na Avenida Paulista, em São Paulo.
Dia da Confraternização Universal
É também no dia de Ano-Novo que se celebra o Dia da Confraternização Universal, conforme reconhecido pela ONU – Organização das Nações Unidas.
Ainda se comemora o Dia Mundial da Paz, desde 1968, quando o Papa Paulo VI instituiu uma data para celebrar a paz entre os povos.
A Confraternização Universal ou Dia da Confraternização Universal é comemorado no dia 1º de janeiro de cada ano e é um feriado cívico.
O significado da celebração que dá as boas-vindas ao novo ano reflete o desejo de união entre os povos.
Origem do Dia da Confraternização Universal
Com a Lei Nº 108, de 29 de outubro de 1935, no governo do presidente Getúlio,Vargas, o primeiro dia do ano foi consagrado à comemoração da fraternidade universal e foi estabelecido como feriado nacional.
Embora muitas fontes divulguem que o Dia da Confraternização Universal tenha sido criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data não consta no seu calendário.
Dia Mundial da Paz
Com uma proposta bastante parecida, na mesma data é comemorado o Dia Mundial da Paz, a qual foi criada em 1967 pelo então Papa Paulo VI.
Apesar de ter sido estabelecida por um Papa, a celebração não é restrita aos católicos. Na altura da sua criação, o Papa Paulo VI declarou a importância do envolvimento de todas as pessoas, independentemente da sua religião e, assim, esse dia passou a ser comemorado em muitos países do mundo.
O tema da comemoração de cada ano é escolhido pelo papa vigente. Milhares de pessoas assistem todos os anos o seu discurso no dia 1 de janeiro, que é tradicionalmente conhecido como a “Mensagem do Papa”.
O Dia Mundial da Paz é celebrado anualmente em 1º de janeiro e tem como objetivo a promoção da paz.
“O Dia Mundial da Paz é uma data comemorativa de origem católica celebrada anualmente em 1º de janeiro. Tem como objetivo promover a paz no mundo, garantindo a construção de uma cultura que permita que indivíduos e Estados possam ser defensores da paz entre a humanidade. A data também pensa na criação de condições de vida digna para todos.
O Dia Mundial da Paz foi uma celebração criada em 1967, pelo papa Paulo VI, e celebrada, pela primeira vez, em 1968. A celebração desse dia é marcada por um discurso do pontífice, e, desde então, os papas que discursaram foram Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco I. O discurso é realizado pelo papa no Vaticano.”
O ano de 2025 acabou de começar e com ele inicia-se a campanha Janeiro branco, que visa alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico. As doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. Nesse rol entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar.
Esses transtornos decorrentes da saúde mental acabam afetando os indivíduos, que ficam impossibilitados (temporária ou permanentemente) de exercer suas funções laborais. E é nesse ponto que entram os benefícios previdenciários pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A concessão desses benefícios, no entanto, está sujeita a critérios específicos.
Para os benefícios por incapacidade temporária e permanente é necessário ter qualidade de segurado e ter carência mínima de 12 meses de contribuição previdenciária. No auxílio-doença, é fundamental comprovar a incapacidade temporária para o trabalho, e na aposentadoria por invalidez, a incapacidade deve ser permanente.
- Benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença): é concedido às pessoas que estão temporariamente incapacitadas para o trabalho em razão de uma doença mental.
- benefício por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez): é concedido às pessoas que estão permanentemente incapacitadas para o trabalho por causa de uma doença mental.
- Benefício de Prestação Continuada (BPC): destinado às pessoas com deficiência de qualquer idade e idosos com mais de 65 anos de idade que não tenham meios de se sustentar e se encontrem em estado de vulnerabilidade social.
Dia 26 de janeiro é o Dia Mundial Contra a Hanseníase. Por isso, o mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas, tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Uberlândia, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferece o tratamento por meio do Centro de Referência em Dermatologia Sanitária e Hanseníase (Credesh).
A contaminação ocorre pelo Mycobacterium leprae e, por atingir os nervos, uma das primeiras sequelas é a perda de sensibilidade da pele. Em muitos casos também há perda ou comprometimento severo dos movimentos que, em casos mais graves, pode levar à amputação.
O enfrentamento à hanseníase é um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e o diagnóstico precoce é fundamental para a redução da transmissão e do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Para contribuir com o diagnóstico precoce da doença, em 2022 foram incluídos ao SUS três novos testes de apoio ao diagnóstico e um para detecção de resistência da doença. O uso começa neste ano.
Santa Maria, Mãe de Deus
Origens
A Solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus, é a primeira festa mariana que apareceu na Igreja Ocidental. Originalmente, a festa nasceu com o intuito de substituir o costume pagão, cujo ritos não correspondiam com a santidade das celebrações cristãs. O título foi criado pelos cristãos para exprimir uma fé que não tinha relação com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, daquele que, desde sempre, era o Verbo Eterno de Deus.
O Título
Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios: em 325, o Concílio de Nicéia; e, em 381, o de Constantinopla. Esses dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
A Natureza Humana de Maria
No século IV, ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina Escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.
A Santíssima Virgem é a Mãe de Deus: Ela é o ponto de união entre o céu e a terra
Ave Theotókos
No terceiro Concílio Ecumênico, em 431, Maria Santíssima foi aclamada Mãe de Deus, em grego, Theotókos. Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem “a Mãe de Jesus” e afirmem que Ele é Deus (Jo 20,28; cf. 5,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mt 1,22-23).
Mãe de Deus
A palavra Theotókos significa Mãe de Deus, que é o artigo que os católicos professam em Maria Santíssima; porém Theotokos quer dizer ‘gerada de Deus’, ponto que Nestório, patriarca de Constantinopla e grande inimigo da Virgem, duvidava e contestava a legitimidade do título. A mudança de acento na palavra altera o sentido, passando de um sentido bem preciso para outro vago.
A Fé no Filho Jesus e na Mãe Maria Santíssima
Expressão de Fé
Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Essa união emerge já no Concílio de Éfeso. Com a definição da maternidade divina de Maria, os padres queriam evidenciar a sua fé à divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir esse título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do Seu amor para com a Virgem.
O Centro da História
Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história.
Minha oração
“Mãe de Deus e nossa, desde o primeiro dia do ano, quero consagrar a mim e a minha família, tudo o que tenho, faço e sou a Jesus por tuas mãos Maria. Que o meu ano seja rodeado da tua bênção e proteção. Em tudo quero ser mais de Deus. Amém.”
Maria Santíssima, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 1 de janeiro
- Na Turquia, o sepultamento de São Basílio, bispo, cuja memória se celebra amanhã. († c. 379)
- Na Campânia e nos Abruzos, regiões da Itália, a comemoração de São Justino é celebrado como bispo. (c. s. IV)
- Em Roma, Santo Almáquio, que, opondo-se às lutas dos gladiadores, por ordem de Alípio.(† 391)
- Na França, a comemoração de Santo Eugendo, abade do mosteiro de Condat. († 516)
- Em Ruspas, atual Tunísia, São Fulgêncio, bispo. († 533)
- Em Vienne, na Borgonha, na atual França, São Claro, abade do mosteiro de São Marcelo. († 660/670)
- Em Troyes, na atual França, São Frodoberto, fundador e primeiro abade do mosteiro de Moutier-la-Celle. († c. 667)
- Na Normandia, França, o falecimento de São Guilherme, abade de São Benigno de Dijon. († 1031)
- Próximo de Sauvigny, cidade da Borgonha, França, o passamento de Santo Odilo, abade de Cluny.(† 1049)
- Atualmente, na Chéquia, Santa Zedislava, mãe de família, que prestou grande conforto aos aflitos.(† 1252)
- Em Gualdo Cattáneo, na Úmbria, atualmente na região da Itália, o Beato Hugolino, que viveu como eremita. († s. XIV)
- Em Roma, São José Maria Tomási, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes Teatinos e cardea. († 1713)
- Em Avrillé, França, os irmãos beatos João e Renato Lego, presbíteros e mártires. († 1794)
- Em Roma, São Vicente Maria Strámbi, bispo de Macerata e de Tolentino, da Congregação da Paixão. († 1824)
- Em Hasselt, na Bélgica, o Beato Valentim Paquay, presbítero da Ordem dos Frades Menores. († 1905)
- Em L’viv, na Ucrânia, São Segismundo Gorazdowski, presbítero que fundou o Instituto das Irmãs de São José. († 1920)
- Em Santander, Espanha, o Beato André Gómez Sáez, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1937)
- Em Mirna, na Eslovénia, o Beato Luís Grozde, membro da Acção Católica e mártir. († 1943)
- No campo de concentração na Alemanha, o Beato Mariano Konopinski, presbítero e mártir. († 1943)
Fonte:
- Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Martirológio Romano
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova