1º de junho: Dia Nacional da Imprensa

Dia Nacional da Imprensa celebrado no Brasil
O dia 1 de junho foi instituído como o Dia da Imprensa, por meio da lei n. 9.831, de 13 de setembro de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Até então, a comemoração ocorria na data de 10 de setembro, quando foi publicado o primeiro número do jornal Gazeta do Rio de Janeiro, em 1808, pela Imprensa Régia. Considerado o primeiro periódico publicado, no Brasil, veiculava o pensamento oficial da corte portuguesa e pertencia à Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra.

Sua periodicidade era bissemanal, chegando à publicação de três fascículos por semana.  Ao longo do período em que circulou, teve três redatores: frei Tibúrcio José da Rocha, de 1808 a 1812; Manuel Ferreira de Araújo Guimarães, de 1812 a 1821; e Francisco Vieira Goulart, de setembro de 1821 até 1822. Seu conteúdo tratava de acontecimentos políticos da Europa e de divulgação de eventos oficiais da Corte.

A nova data da celebração passou a ser a da primeira publicação do periódico que circulou alguns meses antes da Gazeta do Rio de Janeiro, O Correio Brazilienze, ou Armazen Litterario, editado pelo brasileiro Hipólito José da Costa, em Londres. O jornal expressava críticas ao governo de D. João e pretendia ser livre da censura imposta pela coroa portuguesa, circulando apenas clandestinamente, no Brasil e em Portugal. Sua periodicidade era mensal e durou até o período da independência do Brasil, em 1822, como O Correio Braziliense.

Vale ressaltar que a criação da Imprensa Régia, pelo decreto de 13 de maio de 1808, foi acompanhada pela institucionalização da censura para conter os posicionamentos contrários ao governo, à religião e aos costumes da época, portanto toda publicação passava pelo exame de uma junta administrativa. A Imprensa Régia foi a única tipografia existente no Rio de Janeiro até 1821 e imprimiu jornais, atos governamentais e outras publicações. Antes dela, era proibida a impressão no território colonial português, portanto seu surgimento tornou-se um marco para a história da imprensa e da tipografia no Brasil.

(Daniele de Almeida Simas)