Fotojornalista da Associated Press no Haiti é ferido após senador fazer disparos com arma de fogo Por Teresa Mioli/Júlio Lubianco O fotojornalista haitiano Dieu Nalio Chery foi atingido de raspão por uma bala no rosto depois que um senador disparou sua arma no jardim do Senado do país em 23 de setembro, como relatado pelo Miami Herald. Dieu Nalio Chery (Foto: Twitter) Os tiros foram disparados no que foi descrito como uma cena caótica do lado de fora do Senado, segundo a publicação. Um agente de segurança também foi atingido. O Herald disse que um senador disse à rádio Vision2000 no Haiti que o senador Jean Marie Ralph Féthière deu os tiros, mas que não foi intencional. Féthière disse que agiu em legítima defesa pois teria sido “atacado por grupos violentos de militantes,” mas não admitiu ter disparado a arma, The Guardian informou. The Miami Herald acrescentou que outro senador também teria sacado uma arma. The Guardian reportou que Chery usava um capacete e um colete a prova de balas com a inscrição “Imprensa”, mas Féthière disse que não sabia que o jornalista estava no local. Chery cobria um voto de ratificação do primeiro-ministro Fritz William Michel, acusado de corrupção, segundo o Miami Herald. Senadores pró-governo e oposição estão em desacordo com a tentativa de confirmação de voto. E o Miami Herald informou: “Uma tentativa anterior de confirmação no início deste mês foi abandonada depois que manifestantes invadiram a câmara do Senado e alguém derramou combustível no piso do Senado, na tentativa de incendiá-lo”. O presidente Jovenel Moïse está tentando forçar a indicação do primeiro-ministro, segundo o The Guardian. Esta segunda tentativa de confirmação ocorre em meio a protestos contra Moïse, uma escassez de combustível e ao aumento do custo de vida, a publicação acrescentou.
Trabalho de pesquisa executado na Escola Estadual Adê Marques promove aprendizagem divertida a partir de metodologia ativa e pesquisa-ação
O projeto “Brincando com as letras: a produção de Histórias em Quadrinhos na ferramenta Scratch” aconteceu na Escola Estadual Adê Marques durante os três primeiros bimestres com a turma do sétimo ano “A”e foi coordenado pela Professora Mestranda Andréa Caramaschi dos Santos. O projeto faz parte de uma pesquisa que está sendo desenvolvida pela Professora Andréa no Programa de Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS – UEMS/ Dourados, sob a orientação do Prof. Dr. Neurivaldo Campos Pedroso Júnior. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do Projeto foi a da Pesquisa-ação, que compreende uma ação ou resolução de um problema coletivo com a efetiva participação e integração entre pesquisador e participantes. Assim, durante as aulas foram feitas rodas de conversa para decidir ações, produção compartilhada de roteiro na ferramenta Google Drive e a produção das Histórias em Quadrinhos na ferramenta ScratchEd, tudo on-line para que os grupos tivessem acesso e pudessem compartilhar conhecimento. O livro Extraordinário foi o eixo norteador das produções, pois a história do personagem August contemplava os temas elencados pela turma como Bullying, relacionamento entre irmãos, aceitação familiar, preconceito, amizade e superação, assuntos bem presentes no ambiente escolar. Apesar de as atividades iniciais já terem sido finalizadas, o projeto ainda será apresentado pelas alunas Ana Júlia Stadler e Sarah Reis Pedrotti na Feira de Ciências e Tecnologia da Fronteira (FECIFRON), organizada pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e pela turma na Feira Feras do Conhecimento, evento da Escola no qual todos os estudantes têm a oportunidade de apresentar seus trabalhos para a comunidade em geral. “Com este trabalho percebeu-se que a aprendizagem de língua portuguesa flui melhor quando as tecnologias são aliadas ao processo de ensino. No caso deste projeto, a produção de HQ na ferramenta Scratch, os estudantes tiveram que compartilhar ideias, contribuir com o conhecimento, decidir sobre as dificuldades encontradas na produção escrita, enfim, exercer a autonomia e o protagonismo juvenil”, contou a professora Andréa. Segundo Tânia Fuji, mãe do estudante Luca Seiki, “o Scratch foi um excelente recurso para as aulas de língua portuguesa e muito bem trabalhado na produção das Histórias em Quadrinhos, meu filho teve oportunidade única de aprendizagem, tanto no sentido de conceituação, pois trabalhou temática pertinente e importante, quanto com a interação com as novas tecnologias, recursos e ferramentas que o Scratch oferece”. Já para Elizete Vieira Macena, mãe do estudante Lucas, “O projeto foi de grande aproveitamento para a aprendizagem, porque os estudantes aprenderam a criar histórias em quadrinhos com programação, produção que não acontece geralmente em aulas de língua portuguesa. Creio que deveria ter mais projetos como esse”, concluiu. Para o estudante Antônio, “foi bom aprender de forma diferente, aprendi não só a ter uma boa escrita e a produzir histórias em quadrinhos, mas também compreendi que devemos tratar bem nossos familiares e amigos porque do contrário podemos destruir amizades e a autoestima das pessoas”, destacou. A estudante Emily disse que gostou muito do projeto porque aprendeu a criar Histórias em Quadrinhos, apesar das dificuldades com a programação, disse que se divertiu e as dificuldades encontradas foram discutidas no grupo e resolvidas em conjunto. Os trabalhos estão disponíveis no site do Scratch para leitura, o endereço para acesso é https://scratch.mit.edu/search/studios?q=brincando%20com%20as%20letras, é só clicar no estúdio Brincando com as letras e apreciar os trabalhos.
Conheça os melhores trabalhos jornalísticos da Ibero-america
Os trabalhos brasileiros indicados ao Prêmio Gabo 2019 Doze trabalhos brasileiros foram indicados ao Prêmio Gabo, que desde 2013 reconhece trabalhos jornalísticos criativos e inovadores. O prêmio foi criado pela Fundação Gabo para suceder o Prêmio Nuevo Periodismo Cemex+FNPI, que foi promovido entre 2000 e 2010. Em 2019, 55 jurados avaliaram 1.730 trabalhos e selecionaram os 40 melhores. Quatro brasileiros participaram da escolha dos indicados, um em cada categoria: Fernanda Diamant em texto; Caio Cavechini em imagem; Marcelo Beraba, um dos fundadores e conselheiro da Abraji, na categoria de cobertura; e Pedro Doria em inovação. Trabalhos feitos por jornalistas e publicados em veículos brasileiros estão presentes em todas as categorias. Os vencedores serão anunciados durante o 7º Festival Gabo, que acontece entre os dias 2 e 4.out.2019 em Medellín, na Colômbia, e reúne jornalistas do mundo todo para discutir os rumos da comunicação da América Latina. Categoria texto A revista piauí teve dois indicados nesse grupo: em “A vizinha” Armando Antenore, editor da revista, conta a inquietante história de um casal que dorme na porta de seu edifício, localizado em Copacabana; Fábio Victor escreveu um perfil de Hamilton Mourão, atual vice-presidente do Brasil. Leticia Mendes traçou um perfil das vítimas de feminicídio do Rio Grande do Sul, que somaram 62 mulheres em 2018. A reportagem “O assassino mora ao lado” foi publicada no jornal Zero Hora. Categoria imagem Assim como na categoria texto, três produções brasileiras estão entre os finalistas na categoria imagem: os registros da fotógrafa Adriana Zehbrauskas da caravana migrante que cruzou o México rumo aos Estados Unidos, publicados na Revista Zum; o documentário “As duas tragédias de Marielle Franco”, o jornal O Globo; e o mini documentário feito pelo Canal Futurasobre acusações de violência contra indígenas cometida por grupos religiosos. Categoria cobertura Quatro das dez produções indicadas nessa categoria são brasileiras. A Folha de S. Paulo foi nomeada pela “Crise do Clima”, que mostra os impactos das mudanças climáticas em três continentes. O Jornal do Commercio foi escolhido pelo trabalho #UmaPorUma, que realizou uma cobertura aprofundada dos feminicídios que aconteceram em Recife (PE) durante 2018 – o trabalho foi dividido em duas partes, disponíveis aqui e aqui. A cobertura feita pela TV Globo do escândalo sexual envolvendo Fernando de Carvalho Lopes, ex-treinador da Confederação Brasileira de Ginástica, foi indicada ao prêmio, assim como o especial sobre a fome no Brasil da Agência Pública. Categoria inovação O Rui Barbot, robô criado pela JOTA para monitorar o tempo que o Supremo Tribunal Federal leva para julgar casos e publicar no Twitter aqueles que estão parados há muito tempo, representa o Brasil na categoria inovação ao lado da reportagem especial “O Fim de uma Facção”, do Intercept Brasil. O Festival Gabo Cinco jornalistas brasileiras compõem a grade de programação do Festival. A fotojornalista Luisa Dörr, especializada em retratos, fala sobre como é possível captar a essência das pessoas em imagens. Luiza Bandeira e Cristina Tardáguila compartilham suas valiosas experiências em checagem de fatos. Paula Scarpin conta como criar um podcast na América Latina e Fernanda Diamant conversa com o neurocientista Sidarta Ribeiro, também brasileiro, sobre a ciência por trás dos nossos sonhos. O jornalista Pedro Doria fala sobre sua experiência no comando da startup Meio, responsável pela newsletter homônima. As inscrições para o festival estão abertas e a participação nas mesas é gratuita, condicionada à lotação do local. É preciso preencher um formulário on-line.