Por Andréa Fassina A vacina da Janssen, do grupo Johnson & Johnson, que está sendo aguardada no Brasil, produz várias respostas imunológicas que permitem que ela seja eficaz contra diferentes variantes do vírus, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira, 9. A pesquisa, publicada na Nature como uma amostra acelerada de um artigo, determinou que a vacina da Johnson & Johnson ativou as respostas imunológicas contra a cepa COVID-19 original, bem como as variantes Alfa, Beta, Gama e Epsilon. O estudo concluiu que a vacina Johnson & Johnson “ofereceu forte proteção contra casos sintomáticos” de COVID-19 na África do Sul e no Brasil, onde as variantes causaram a maioria dos casos sequenciados. Pesquisa Os pesquisadores estudaram as respostas imunológicas celulares e de anticorpos de 20 voluntários com idades entre 18 e 55 anos. O estudo descobriu que menos anticorpos neutralizantes apareceram na luta contra as variantes Beta e Gama, encontradas pela primeira vez na África do Sul e no Brasil, respectivamente, quando comparadas à cepa COVID-19 original. O estudo determinou que uma única dose da vacina da Johnson & Johnson protegeu contra COVID-19 grave em 86 por cento dos participantes nos Estados Unidos, 88 por cento daqueles no Brasil e 82 por cento na África do Sul. Desde que a Food and Drug Administration emitiu uma autorização de uso de emergência para a vacina Johnson & Johnson em fevereiro, mais de 11,2 milhões de doses da vacina foram administradas nos EUA. Chegada no Brasil O Brasil aguarda a chegada de 3 milhões de doses ainda agora em junho. O imunizante foi aprovado pela Anvisa no Brasil em 31 de março. Além disso, o Ministério da Saúde assinou um acordo com a Janssen para a aquisição de 38 milhões de doses da vacina da empresa, com previsão inicial de entrega de 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro. O imunizante da Janssen, que é atualmente utilizado nos países da União Europeia, nos Estados Unidos e na África do Sul, recebeu, no Brasil, certificado de boas práticas da Anvisa. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, o risco de reações alérgicas à vacina da Janssen é considerado extremamente baixo, especialmente quando se refere a choques anafiláticos. O imunizante não tem compostos que podem causar reações alérgicas fortes, como antibióticos, adjuvantes ou conservantes, aditivos utilizados para potencializar a resposta imune, segundo o CDC. Eles também podem estar nos demais imunobiológicos. Com informações do TheHill/Nature e Diário do Nordeste
Anvisa autoriza 1º vacina para adolescentes no Brasil: a partir de 12 anos
Por Rinaldo de Oliveira Anvisa aprova vacina da Pfizer para adolescentes no Brasil – Pete Bannan / MediaNews Group / Daily Local News / Getty Images A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, autorizou a indicação da primeira vacina para adolescentes no Brasil: o imunizante da Pfizer contra a Covid-19. De acordo com o anúncio, feito nesta sexta, 11, a vacina poderá ser aplicada em pessoas a partir de 12 anos de idade. Este imunizante, chamado Cominarty, é o único que pode ser aplicado em menores de 18 anos e já estava autorizado para maiores de 16 anos. “A ampliação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo”, informou a Anvisa. O pedido da Pfizer para incluir adolescentes a partir dos 12 anos na imunização contra o novo coronavírus foi protocolado no dia 13 de maio. Nos Estados Unidos, adolescentes entre 12 e 15 anos de idade podem ser vacinados com o imunizante desde o dia 12 de maio, após aprovação do comitê do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). “Embora a maioria das crianças com Covid-19 tenha sintomas leves ou nenhum, algumas podem ficar gravemente doentes e exigir hospitalização”, assim, a decisão é um novo “passo importante” para um retorno à normalidade, disse o CDC na ocasião. Com informações do Metrópoles