A ideia é ter um QR Code nas caixas, com a bula dos remédios em audiodescrição para facilitar a leitura – Foto: NSC TV/ReproduçãoUm garoto de apenas 16 anos criou uma forma que ajudar pessoas cegas e de baixa visão a lerem bula de remédios com mais praticidade. Alan Zabot propôs que um QR Code, trazendo a audiodescrição do medicamento, seja inserido na embalagem, para permitir “a leitura” de quem não enxerga direito. A ideia do Alan se tornou proposta, apresentada em fevereiro. Hoje ela está sob análise da Secretaria de Governo da Presidência da República e pode futuramente virar lei. Dificuldade constante Alan conta que teve a ideia ao observar a dificuldade da avó para ler as bulas de remédio. “Ela sempre pedia a minha ajuda. Mas eu percebi que isso é uma dificuldade recorrente, tanto das pessoas que usam óculos até quem é cego ou tem alguma outra dificuldade, como dislexia, por exemplo. Pensando nisso, veio a ideia de colocar o QR code nas caixas de remédio”, explica. Hoje já existe uma acessibilidade quanto a leitura dos nomes dos medicamentos. Eles são impressos também em braile. No entanto, não há nenhuma praticidade quanto a bula. “Os QR Codes são fundamentais não só nas embalagens de medicamentos, mas também de todos os produtos. É fundamental que ele [o QR Code] venha acompanhando de uma marcação tátil para que nós, pessoas cegas, possamos enquadrar corretamente os nossos celulares”, afirma o presidente da Organização Nacional de Cegos do Brasil, Beto Pereira. Proposta de lei A proposta foi levada à Câmara de Deputados em fevereiro. O INC (indicação da Câmara) 136 sugere que o Ministério da Saúde torne obrigatória a padronização das embalagens com o QR Code. “Isso vai trazer maior autonomia para essas pessoas, ou até mesmo para as pessoas que não têm essa dificuldade, mas preferem que a bula seja dita. Acho que é uma vitória para todo mundo”, conclui Alan. Ideia de Alan pode virar lei – Foto: NSC TV/Reprodução Por Monique de Carvalho SNB com informações de Portal 99
Inaugurado sistema de abastecimento de água em Uberlândia (MG)
Presidente Jair Messias Bolsonaro participou da inauguração que vai levar, em uma primeira etapa, água tratada a 1,5 milhão de pessoas O sistema vai levar água tratada a 1,5 milhão de pessoas na primeira etapa e a 3 milhões de habitantes até 2060 – Foto: Alan Santos/PR A cidade de Uberlândia (MG) conta agora com reforço no abastecimento de água tratada para a população. Nesta terça-feira (31), aniversário de 133 anos da cidade, foi inaugurado o Complexo Produtor de Água Deputado Luiz Humberto Carneiro – unidade Capim Branco. O sistema vai levar água tratada a 1,5 milhão de pessoas na primeira etapa e a 3 milhões de habitantes até 2060. O Presidente da República, Jair Bolsonaro, participou da inauguração da obra que recebeu recursos por meio do Programa Avançar Cidades-Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Durante a cerimônia, o Presidente fez o acionamento remoto do sistema que faz a captação de água na represa Capim Branco. Em seu discurso, o Presidente Jair Bolsonaro falou sobre vencer desafios para o país avançar. “Como vencer desafios? É com vontade. É manter a posição. Acreditar em você, acreditar no potencial de quem está do teu lado”, disse. “Eu acredito, creio, que nós vamos mudar o destino do Brasil”, ressaltou. “Desde o início demonstramos como seria o nosso governo nas indicações dos respectivos ministros, presidentes de estatais e de bancos oficiais. Dois anos e oito meses sem corrupção, isso não é virtude, isso é obrigação. Dessa maneira, conseguimos fazer mais com menos. Conseguimos cada vez mais mostrar para todos que é possível e aos poucos a gente vai vencendo os obstáculos”, afirmou. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também estiveram presentes. O ministro Rogério Marinho destacou a importância de garantir água e tratamento de esgoto aos brasileiros. “Somos um país que tem 100 milhões de brasileiros sem esgoto tratado, 35 milhões de brasileiros sem água tratada. Somos um Brasil que precisa ser passado a limpo”, afirmou. Rogério Marinho lembrou a aprovação do novo Marco Legal do Saneamento, no ano passado, para atrair investimentos privados para o setor no Brasil e que já foram realizados leilões. “Destravamos uma discussão que se arrastava há oito anos no Congresso Nacional”, disse. “Já temos hoje R$ 70 bilhões em investimentos e daqui para 2033 mais de R$ 750 bilhões serão aportados para o tratamento da água, do esgoto e a destinação do resíduo sólido em todo o país. Esse é um marco que precisa ser comemorado pela população brasileira”, completou. Complexo Produtor de Água O complexo é considerado uma das maiores obras do país financiada com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Foram R$ 287,9 milhões de empréstimo por meio da Caixa. Executado pela prefeitura de Uberlândia, teve também contrapartida de R$ 44,7 milhões do município, totalizando R$ 332,7 milhões em investimentos. A captação da estação de tratamento de água é feita na represa de Capim Branco. A unidade de tratamento tem um moderno sistema de limpeza, purificação e tratamento de água e todas as etapas do processo são controladas eletronicamente com automação que monitora parâmetros de qualidade 24 horas por dia. Para levar a água até a cidade foram construídos mais de 20 quilômetros de redes adutoras. O Sistema Capim Branco também conta com uma subestação de energia elétrica com transformadores, postes e cabos elétricos instalados pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto. E uma Unidade de Tratamento de Resíduos, onde é realizado o tratamento de resíduo líquido – água mais esgoto – gerado durante o processo para deixar a água potável, tornando o empreendimento mais sustentável.