Redação Portal IMPRENSA A Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação) abriu as inscrições para a 5ª edição de seu Congresso Internacional de Jornalismo de Educação. Neste ano, os profissionais debaterão o tema “A educação e as desigualdades na pandemia”, entre os dias 27 de setembro e 1 de outubro, de forma online pela segunda vez em razão da covid-19. Jurema Werneck, Suelaine Carneiro, Arminio Fraga, Hélio de La Peña, Miriam Leitão, Jairo Marques e Adriana Carranca estão entre os nomes confirmados. Os professores Abdeljalil Akkari, da Universidade de Genebra (Suíça) e Douglas Ready, da Universidade de Columbia (EUA) também vão compor as 11 mesas de debate. Crédito:Reprodução Inscrições estão abertas para 5ª Congresso Jeduca Além das discussões sobre as causas e efeitos das desigualdades educacionais intensificadas pela pandemia, considerando a diversidade socioeconômica, étnica, de raça, gênero e deficiência, a programação inclui também quatro mini-cursos que vão aprofundar o assunto – “Pandemia na educação: hoje e amanhã”, “Entendendo os números: transformações sociodemográficas no Brasil”, “Como evitar e recorrer de negativas da LAI” e “Educação Inclusiva: avanços e desafios”. Para se inscrever gratuitamente, basta acessar jeduca.org.br/jeduca2021. O pagamento é voluntário. Todas as palestras serão transmitidas ao vivo, no mesmo site da inscrição, e com tradução em Libras. Tatiana Vasconcellos, da CBN, intermedia o encontro de abertura do Congresso, no dia 27, às 10h. O humorista Hélio La Peña, ao lado de Eduarda Ferreira, Helena Ferreira e Elisa Ferreira, as Pretinhas Leitoras, vão promover uma conversa sobre o antirracismo a partir do protagonismo negro, feminino e infantil. Também no primeiro dia, Renata Cafardo, vice-presidente da Jeduca, media a mesa “Desigualdades educacionais, Covid-19 e pós-pandemia”, que enfoca a evasão de estudantes pobres e negro, com participação de Julia Ribeiro (Unicef), Suelaine Carneiro (Geledés Instituto da Mulher Negra), Lília Melo (professora da rede estadual do Pará) e Vitor Zanelatto (estudante de Biologia da Universidade Federal de Santa Catarina). Já o advogado Irapuã Santana e o jornalista Jairo Marques protagonizam o debate “O jornalismo está atento às desigualdades?”, com mediação da jornalista Yasmin Santos. A programação completa está disponível no site da Jeduca. O 5º Congresso da Jeduca tem patrocínio da Fundação Leman, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Unibanco, Itaú Social, ITaú Educação e Trabalho, e apoio do Colégio Rio Branco e da Loures Consultoria.
Jornalistas são apedrejados em cobertura da seleção no Recife
Na noite de 9.set.2021, ao menos cinco profissionais de imprensa foram atacados enquanto cobriam a saída da seleção brasileira de um hotel localizado no bairro de Boa Viagem, na zona sul do Recife (PE). Torcedores que também aguardavam os atletas lançaram pedras, plantas e água e proferiram xingamentos contra equipes de reportagem que, segundo eles, obstruíam a visão que teriam dos jogadores. Por volta das 16h30, a equipe de reportagem do Globo Esporte do Recife chegou ao local para fazer a cobertura. Em entrevista à Abraji, a produtora Sarah Porto afirmou que as hostilidades começaram quando a entrada do hotel em que a seleção se hospedou se encontrava relativamente vazia. Segundo a jornalista, mais de uma vez, sua equipe teve que fazer entradas ao vivo em meio a gritos como “Globo lixo”. Os atletas estavam no Recife para disputar a partida contra o Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Conforme os jogadores começaram a sair do hotel, a partir das 19h, a situação se agravou. De acordo com a jornalista, torcedores chegaram a gritar “sai da frente, puta”, antes de darem início aos arremessos. Além do cinegrafista e da produtora do Globo Esporte, segundo apuração da Abraji, foram alvo dos arremessos um cinegrafista da TV Jornal, afiliada do SBT no Estado, e uma equipe do jornal Folha de Pernambuco, formada por um fotógrafo e pelo repórter esportivo William Tavares. O repórter da Folha de Pernambuco contou que as equipes dividiam um espaço apertado reservado para a imprensa e que precisaram se posicionar em frente à torcida para registrar a saída dos jogadores. Foi quando passaram a ser atingidos por pedras, plantas e água. Um segurança do hotel já estava segurando a grade de proteção devido ao tumulto e à aglomeração. Os ataques cessaram somente quando uma das vítimas acionou policiais que deixaram uma área mais próxima ao hotel para controlar a situação, formando uma espécie de barreira. Sarah Porto disse ter ficado atônita com o ocorrido, inclusive com os comentários misóginos que recebeu. “Ninguém está em um escritório e chama alguém de gostosa. As pessoas não conseguem entender que estamos exercendo a nossa profissão”. Em seu perfil no Twitter, Porto fez uma reflexão: “Imagine um dentista, um médico, um frentista, um gari, qualquer trabalhador que esteja exercendo o seu ofício ser APEDREJADO porque está na frente de um cidadão que quer ver algo que está depois da pessoa”. A Abraji registrou 242 casos de ataques a jornalistas no país entre jan.2021 e ago.2021 – um aumento de 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Foto: Torcedores na saída do hotel em que a seleção brasileira se hospedou no Recife. Reprodução/TV Globo