por Thainara Davalos Prefeito de Mundo Novo, Valdomiro Sobrinho, vice-presidente da Assomasul, prefeito de Antonio João, Marcelo Pé e o prefeito da casa, Nelson Cintra/ Foto: Edson Ribeiro No último sábado, 11 de novembro, a cidade de Porto Murtinho sediou a quarta fase da 19ª Copa Assomasul. Na etapa, os municípios de Porto Murtinho e Aquidauana garantiram sua vaga na grande final do campeonato. Equipes Classificadas: Equipe Aquidauana/ Edson Ribeiro Equipe de Porto Murtinho/ Foto: Edson Ribeiro Sobre a Copa Assomasul Ao longo das edições da Copa, promovida pela Assomasul, a entidade sempre buscou fortalecer o municipalismo do estado, priorizando o intercambio e a convivência dos funcionários públicos dos municípios filiados, através do esporte e de momentos de lazer e trocas de experiências por meio do futebol, uma paixão de todos os brasileiros. Além de promover essa integração entre os servidores municipais, proporcionando lazer, esporte e saúde, que é um dos principais objetivos da Associação, a Copa também possibilita a união entre os prefeitos, reforçando ainda mais o municipalismo atuante no estado. Nesta edição, 65 municípios foram inscritos no início do campeonato, contemplando as regiões Norte, Sul, Leste e Oeste do estado, com aproximadamente 1.500 atletas, envolvendo prefeitos, vereadores, secretários e os funcionários das prefeituras e câmaras municipais. Os prêmios desta edição será dividido para o município campeão, vice-campeão, terceiro e quarto lugar. O Campeão, vai ganhar o valor de R$ 18.000,00 (Dezoito mil reais), vice-campeã no valor de R$ 14.000,00 (Quatorze mil reais), terceiro lugar no valor de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) e quarto lugar, no valor de R$ 6.000,00 (Seis mil reais), além de troféus e medalhas que será distribuído para os atletas. O município campeão vai ganhar um prêmio extra que ainda não foi decidido, mas na edição passada foi uma quadra sintética para a cidade vencedora. A Copa Assomasul, é coordenada pela diretoria da entidade, tendo com o presidente o prefeito de Nioaque, Valdir Junior, o diretor-esportivo e prefeito de Caarapó, André Nezzi e o diretor de cultura e prefeito de Mundo Novo, Valdomiro Sobrinho.
Mara Caseiro pede 30 computadores para atender escola de Ponta Porã
Trinta computadores, 15 impressoras e 15 projetores foram solicitados pela deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), ao Governo do Estado, para atender a Escola Estadual Adê Marques, do município de Ponta Porã. A indicação atende pedido da diretora Maria de Lurdes da Silva Neto Silva. Reconhecida pelo excelente trabalho educacional e social desenvolvido com crianças e adolescentes, a referida escola não possui equipamentos tecnológicos para atender seus alunos e professores. “No âmbito escolar, a presença de recursos tecnológicos deste porte, sem sombra de dúvida, auxilia alunos e professores no aprendizado e na propagação do ensino, tornando-o mais didático e acessível ao cidadão”, comentou a deputada. Diante da importância do pedido no que se refere às oportunidades criadas para as crianças, adolescentes, jovens e adultos atendidos pela Escola, bem como a facilidade de acesso à informação e educação proporcionadas por estas ferramentas, a deputada encaminhou o pedido à Secretaria Estadual de Educação. “Solicitei ao secretário estadual de Educação, Hélio Daher, a disponibilização de 30 computadores, 15 impressoras e 15 projetores para o laboratório tecnológico”, afirmou Mara Caseiro na indicação realizada na sessão desta terça-feira (14). Com informações Tavane Ferraresi*
Vereadores aprovam projeto que regulariza situação dos imóveis do Residencial Jamil Derzi
A Câmara Municipal de Ponta Porã aprovou, em regime de urgência, na manhã de terça-feira, 14 de novembro, um Projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a doar imóveis urbanos para implantação de empreendimentos habitacionais para construção de moradias populares destinadas às famílias de baixa renda por meio do Programa Minha Casa Minha Vida. Com a aprovação do PL Nº 73/2023/CM, o Poder Legislativo autoriza a Prefeitura a regularizar a situação dos moradores do Conjunto Habitacional Jamil Derzi. O conjunto ´[e o último que foi construído na cidade par atender famílias por meio de programas sociais. Durante a sessão ordinária de terça-feira, 14 de novembro, os parlamentares também aprovaram o Projeto de Lei que declara de Utilidade Pública Municipal a Associação Projeto Irmãos da Fronteira Deus. O Projeto é de autoria da Vereadora Neli Abdulahad. Os vereadores ainda aprovaram projetos de decretos legislativo que concedem homenagens a personalidades que contribuem significativamente para o desenvolvimento de Ponta Porã. A entrega das honrarias será feita numa sessão solene marcada para o dia 1º de dezembro no centro Internacional de Convenções Miguel Gomez. PROTEÇÃO AOS ANIMAIS Ainda durante a sessão os parlamentares aproveitaram a oportunidade para convidar a população para participar da Audiência Pública sobre o tema: “Proteção dos Direitos dos Animais”. A audiência será realizada no dia 23 de novembro, a partir das 19 horas no Plenário Isaac Borges Capillé. O evento será conduzido pela Comissão de Obras, Serviços, Trabalho, Agricultura, Indústria e Comércio da Câmara Municipal de Ponta Porã. A comissão é formada pelos vereadores kleber Ortiz (presidente), Edevaldo Mattoso Barbosa (vice-presidente) e Thiago Vedana (relator). A audiência foi proposta pelo Vereador Thiago Vedana.
Casa Cultural homenageia artistas que enalteceram nome de Ponta Porã
*Nivalcir Pereira de Almeida Baile Em Ponta Porã Tonico e Tinoco Composição: Raul Torres Como é bonito o romper da manhã Um fim de baile lá em Ponta Porã. As paraguaias atravessam a fronteira Pra vir dançar nas terras brasileiras. Quanta saudade eu tenho de lá Ponta Porã eu quero voltar Quero comer um churrasco, aipim Beber da canha e o gostoso pequi. Que bela vista de Juan Cavaleiro Vem muita gente pro baile fronteiro Gosto de ver um par bem combinado Dançando certo um choroso rasqueado. Coisa bonita que a saudade traz Essa guarânia que já não tem mais Rasqueado faz lembrar de Mato Grosso Baile gostoso dos tempos de moço. Esta música composta em 1957 por Raul Torres, foi imortalizada nas vozes de inúmeros artistas brasileiros. Ela faz uma homenagem a Ponta Porã, destacando a amabilidade de seu povo e a perfeita integração com quem mora no lado paraguaio, a vizinha Pedro Juan Caballero. Uma interpretação inesquecível foi feita pela dupla Tonico e Tinoco. Os irmãos Perez, como eram chamados no começo da carreira. Hoje a dupla é homenageada numa casa muito especial, localizada na pequena cidade de Pratânia, interior de São Paulo. O local chama-se Casa Cultural Tonico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada. As duas duplas, ícones do sertanejo raiz, a verdadeira música caipira, são homenageadas porque Tinoco e Zé da Estrada nasceram naquele pequeno município paulista. Tonico e Tinoco se chamavam Irmãos Perez, enquanto Pedro Bento e Zé da Estrada eram inicialmente Joel e Waldomiro. As duplas venderam milhões de cópias de discos, quando o vinil (bolachão) era o melhor meio de se ouvir música. Também ficaram famosos por conta do rádio, veículo de comunicação que teve o mesmo poder que a internet possui hoje. No museu, a casa onde Tinoco nasceu foi especialmente instalada, no pátio. Ela foi desmanchada na fazenda onde ficava, transportada e montado novamente com muito zelo sob os cuidados da Secretaria de Cultura do Município de Pratânia e hoje se constitui num dos mais importantes pontos culturais do Brasil, pois faz tributo a quem muito contribuiu para a música brasileira. Tonico e Tinoco ficaram famosos pela afinação nas vozes e no som das violas e violões. Suas músicas falam do cotidiano do mundo caipira, dos personagens imortalizados na memória popular, como Chico Mineiro, o Jeca, entre outros. Pedro Bento e Zé da Estrada optaram por um estilo diferente. Utilizando instrumentos de sopro tornaram-se famosos por divulgar nas canções e na vestimenta, a cultura mexicana, adaptando-a ao mundo rural do Brasil no século 20. Na Casa Cultural, em Pratânia, há farto material das duplas, Discos de vinil, CD’s, fitas cassete, vídeos, objetos pessoais, aparelhos de rádio antigos e vestimentas utilizadas nos shows. Foram milhares por todo o Brasil, durante décadas. E foi justamente numa das viagens ao então Mato Grosso, que a dupla Tonico e Tinoco imortalizou esta obra prima do rasqueado que homenageia Ponta Porã! A CASA Inaugurada em março de 2001, a Casa Cultural Tonico & Tinoco e Pedro Bento e Zé da Estrada passou por um projeto de modernização no ano de 2018, transformando o local no “Museu da Música Tonico & Tinoco e Pedro Bento & Zé da Estrada”. O projeto, viabilizado por meio do Edital 19/2017 do PROAC (Programa de Ação Cultural), e elaborado pela parceria entre os escritórios Amanda Lopes Arquitetura e Pró-História Projetos Culturais, da cidade de Salto (SP), foi constituído a partir das demandas da instituição nas áreas de expografia, conservação e documentação. O 3 / 3 espaço recebeu melhorias para tornar a visita mais agradável; considerando ainda a acomodação e a segurança dos objetos expostos. Além do acervo, toda a estrutura foi readequada para garantir a integridade e os processos de conservação preventiva, incluindo a implantação da reserva técnica. O projeto também fez a adequação da da documentação conforme os parâmetros do Cadastro Estadual de Museus (CEM), criando o inventário da instituição, o projeto educativo e o regimento interno. O Museu da Música é uma homenagem às duplas sertanejas Tonico & Tinoco e Pedro Bento & Zé da Estrada. No local, os visitantes podem conhecer a exposição que mostra a história das duas duplas, de forma equilibrada e acessível. O rico acervo, com peças originais, levam os visitantes a acompanhas a biografia destes ícones e a transformação da própria música caipira. José Salvador Perez, (Tinoco), da dupla com Tonico; e Waldomiro de Oliveira, (Zé da Estrada), da dupla com Pedro Bento, são figuras ilustres, nascidas em Pratânia (SP). SERVIÇO Museu da Música Tonico & Tinoco e Pedro Bento & Zé da Estrada Rua Capitão João Batista, Nº 254 – Centro. Horário de visitas: segunda a sexta-feira, das 08h às 11h30 e das 13h30 às 16h. Sábado: 09h às 12h e das 13h às 16h. Domingo: 09h às 12h. Feriado (agendamento): (14) 9 9102-7373. Informações e agendamento de visitas: (14) 3844–1230 | (14) 9 9102-7373. O Local é cuidado pela Diretoria de Turismo e Cultura da Prefeitura de Pratânia, cujo titular é Murilo Henrique Vieira da Maia. * Professor, Jornalista e Historiador
Sindicato Rural de Três Lagoas tem nova diretoria para o triênio 2023/2026
Presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, esteve presente na cerimônia de posse. Manhã de muita alegria e emoção no sábado (11), para a posse da nova diretoria do Sindicato Rural de Três Lagoas. Bruno Ribeiro assume o mandato para o triênio 2023/2026. O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, participou do evento e destacou o trabalho desenvolvido pela instituição no município e a representatividade dos produtores rurais na região. “Desejo ao Bruno boa sorte e que o sindicato continue contando sempre com o apoio da Famasul e do Senar/MS. Quem assume essa responsabilidade faz por amor, porque defender o produtor através dos sindicatos é paixão.”, explicou Bertoni. Bruno Ribeiro é produtor rural, empresário e fez parte da administração passada do sindicato. No evento, o presidente eleito agradeceu a confiança e disse que conta com a colaboração de todos os produtores rurais de Três Lagoas. “Quero agradecer a presença do presidente da Famasul, Marcelo Bertoni. Estamos muito confiantes nesse novo trabalho, que tem tudo para dar certo. Estamos aqui para representar da melhor forma possível dos produtores rurais do nosso município”, disse Bruno. O evento também foi marcado pelo reconhecimento do ex-presidente, Kennides Martins e a ex-vice-presidente, Stephanie Ferreira Gobato. Os dois receberam uma homenagem pelo trabalho realizado a frente do sindicato. Outro ex-presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Ivan Carrato também foi homenageado. Estiveram presentes no evento o secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta; o secretário municipal de meio ambiente, José Mauro de Grandi Junior; o presidente da Câmara de Vereadores, Cassiano Maia. Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – José Pereira
Proclamação da República: Há 30 anos, MS ajudou a manter a forma de governo
Por: Osvaldo Júnior Foto: Aline Kraemer Muito mais que um feriado no meio desta semana, a data que se comemora a Proclamação da República, 15 de novembro, é um importante marco na construção da democracia brasileira. Nesse processo, houve um capítulo especial: a reafirmação popular da república no plebiscito de 1993. No dia 21 de abril daquele ano, os sul-mato-grossenses, assim como os demais brasileiros, foram às urnas e disseram sim à república, rejeitando o retorno da monarquia. A república foi a forma de governo escolhida por 559.890 sul-mato-grossenses, o correspondente a 66,76% do eleitorado de Mato Grosso do Sul. Os dias que antecederam ao plebiscito foram de debates, programas eleitorais, discussões calorosas, concordâncias, discordâncias, desconhecimentos e dúvidas nas conversas do dia a dia. O tema, que estava na pauta da sociedade, também era objeto das atividades da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). No dia 23 de março de 1993, os deputados estaduais da quarta legislatura aprovaram, em segunda discussão, proposta que buscava estimular o aprofundamento do assunto nas escolas. De autoria da então deputada Marilene Coimbra, o projeto (confira-o na íntegra, clicando na imagem abaixo) tramitou rapidamente dada à aproximação do plebiscito e à importância do assunto. Foi protocolado no dia 16 de março, aprovado em primeiro turno no dia 18 e, em segundo, na sessão seguinte, em 23 de março. No mesmo dia, o então presidente do Parlamento, deputado Cícero de Souza, encaminhou a proposta ao Executivo. O governador Pedro Pedrossian (1928-2017) sancionou em 30 de março e, no outro dia, estava publicada no Diário Oficial a Lei 1.357/1993, que institui a “Semana de Estudos e Debates sobre o Sistema e a Forma de Governo, que será objeto de consulta plebiscitária no mês de abril próximo”. projeto Com a aprovação da lei, a Assembleia Legislativa entendeu ser necessário o ciclo de estudos e debates nas escolas, devido ao tratamento dispensado ao tema não só nas conversas cotidianas, mas também na propaganda eleitoral. Essa preocupação consta na justificativa do projeto. “[A propaganda institucional veiculada na televisão], além de não cultivar devidamente o espírito dos eleitores com informações acerca das propriedades de cada regime e cada forma de governo, vem produzindo o desinteresse por parte da população acerca do plebiscito, e o pior, confundindo-os”, afirmou a deputada Marilene Coimbra. Semanas depois, no feriado de 21 de abril, uma quarta-feira, 838.632 sul-mato-grossenses foram às urnas, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E 559.890 ou 66,76% decidiram pela permanência da república como forma de governo. A monarquia contou com a preferência de 11% do eleitorado sul-mato-grossense, parcela menor que a de votos nulos, que foi de 12,73%. Os eleitores do Estado também preferiram o presidencialismo (58,14%) ao parlamentarismo (23,9%). Cédula usada no plebiscito de 1993 (Foto: Arquivo do Senado Federal) E assim, por meio do voto, os sul-mato-grossenses, como o restante do país, ratificaram, simbolicamente, os acontecimentos do dia 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a República. Por decorrência, a escolha popular pela república reafirmou valores democráticos e práticas de cidadania associados a essa forma de governo. Mas esse “sim” à república, dado há 30 anos, não basta para reafirmar a democracia. É preciso assegurar as conquistas democráticas por meio do fortalecimento das instituições, segundo considerou o deputado Gerson Claro (PP), presidente da ALEMS. “A proclamação da República representa um marco temporal no processo de construção democrática, abrindo caminho para a sociedade brasileira conquistar alguns pilares do exercício da cidadania, como o direito ao voto”, disse o parlamentar. “Transcorridos 134 anos de proclamação da República, é fundamental fortalecer as instituições para preservar as conquistas democráticas”, concluiu. Mato Grosso e os acontecimentos de 1889 À época da proclamação da República, não existia Mato Grosso do Sul – só seria criado 88 depois, em 1977. O seu território integrava Mato Grosso. E foi nesse estado (província na ocasião) que um dos expoentes do movimento republicano, o general Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892), estava antes da derrubada da monarquia em 15 de novembro de 1889. Marechal Manuel Deodoro da Fonseca (Foto: Arquivo Nacional) Conforme narram Hilbebrando Campestrini e Acyr Vaz Guimarães em História de Mato Grosso do Sul, Deodoro da Fonseca foi enviado por Dom Pedro II para Mato Grosso como estratégia para afastar o militar da campanha republicana. Sua missão era “reorganizar as forças militares da fronteira e estudar a implantação da linha telegráfica de Corumbá a Cuiabá”. O marechal já estivera na capital mato-grossense anos antes – inclusive, segundo Campestrini e Guimarães, foi na igreja do Senhor Bom Jesus, de Cuiabá, que Deodoro da Fonseca se casou aos 33 anos. Em 1889, entretanto, a atenção do marechal estava no Rio de Janeiro. Ele chegou em Cuiabá em janeiro daquele ano, e retornou, sem ordem superior, à capital do Império em 13 de setembro. Dois meses depois, proclamou a República, assumindo provisoriamente a presidência do país. Ainda no dia 15 de novembro, já tarde da noite, assinou o Decreto nº 1. Com essa normativa, as províncias brasileiras se tornavam estados. Mato Grosso, no entanto, permaneceria como província até 9 de dezembro. Isso porque somente nessa data – 24 dias depois – que a notícia da proclamação chegaria a Cuiabá. Ao tomar conhecimento que o Brasil já não era uma monarquia e Mato Grosso não era mais uma província, o então presidente, coronel Cunha Matos, renunciou. Os principais políticos de Mato Grosso aclamaram governador o general Antônio Maria Coelho. Campestrini e Guimarães fazem uma nota interessante sobre a demora das informações no Brasil daquela época. Por quase um mês, o governo e o povo de Mato Grosso ignoraram que o Brasil já não era monarquia e chegaram a comemorar, no dia 2 de dezembro, o aniversário de Dom Pedro II. “Para comparar: no dia 20 de novembro do mesmo ano, a Argentina e o Uruguai reconheciam o novo regime”, informam os autores. Brasil e os pilares da “coisa pública” Neste 15 de novembro, completam-se 134 anos da Proclamação da República. As diversas gerações de brasileiros viveram “vários brasis” nesses anos todos: o Brasil do voto de cabresto, do coronelismo,
Assomasul recebe a Comitiva do Ministério dos Povos Originários em encontro pioneiro com gestores de MS
por Thainara Davalos Com o intuito de promover o diálogo com os gestores dos municípios sul-mato-grossenses que abrangem terras indígenas em seus territórios, Mato Grosso do Sul recebe, na próxima quarta-feira (15), a Comitiva do Ministério dos Povos Originários, liderada pela Ministra Sônia Guajajara. O primeiro encontro da comitiva está agendado para ocorrer na sede da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), onde se realizará uma reunião com o propósito de estabelecer, pela primeira vez, um diálogo entre o governo federal, estadual e municipal. A comitiva também é composta por Eloy Terena, Secretário-Executivo do Ministério dos Povos Originários e Gasparini Kaingang assessor de gabinete da Ministra Sônia Guajajara. O presidente da Assomasul e prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior, destaca a relevância da agenda que será realizada na sede da associação. “Esta é uma reunião de trabalho importante, com a participação de representantes dos poderes legislativo e judiciário, além de órgãos governamentais. Será a primeira vez em que discutiremos de maneira conjunta sobre a questão dos territórios indígenas em Mato Grosso do Sul.” A reunião contará com a presença do Governador Eduardo Riedel, assim como a Secretária adjunta de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Viviane Luiza e o Subsecretário de Estado de Políticas Públicas para os Povos Originários, Fernando Souza. 16ª Assembleia do Povo Terena Além disso, na quinta-feira, 16 de novembro, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, estará presente na Grande Assembleia do Povo Terena, que será realizada entre os dias 15 a 18 de novembro de 2023, na aldeia Cabeceira, em Nioaque. A ministra participará da Mesa-1 com tema “Território (Conjuntura Política Nacional)” às 08h00. O Evento conta com grandes nomes do movimento indígena como o Secretário Executivo do Ministério dos Povos Indígena Eloy Terena, que é de Mato Grosso do Sul. Também estarão presentes a Deputada Federal Célia Xakriabá, o Coordenador Executivo da Articulação dos Povos Indígena do Brasil (APIB) Kleber Karipuna e a Deputada Federal Juliana Cardoso, o Coordenador jurídico da (APIB) Maurício Terena. A Assembleia está é organizada pelo Conselho do Povo Terena (CONS), organização base da Articulação dos Povos Indígena do Brasil (APIB) dentro do estado de Mato Grosso do Sul. Nesta edição o conselho tem como por objetivo congregar os caciques e lideranças indígenas (anciãos, jovens, mulheres, crianças) do estado em torno da luta pelo direito originário dos povos indígenas e da política indigenista adotada pelo atual governo, bem como formas de resistir para existir. A assembleia tem ainda o apoio de lideranças indígenas de outros povos de MS, como os Kinikinau, Kadiweu, Kaiowa, Guarani Ñandeva, Guató, que reafirmam seus compromissos com a luta pelo território tradicional e a permanente busca do bem viver, e o respeito aos modos de vida de cada povo e à Mãe Terra. Uma pauta que também tem o apoio do movimento indígena nacional, todos lutando juntos contra os retrocessos dos direitos dos povos indígenas.
14 de Novembro – Dia do Bandeirante, Dia Mundial do Diabetes e Dia de São José Pignatelli
Dia do Bandeirante O Dia do Bandeirante é comemorado anualmente em 14 de Novembro, no Brasil. A data homenageia os personagens responsáveis por desbravar e ajudar a conquistar e proteger grande parte do território brasileiro durante o período da colonização portuguesa: os bandeirantes. Bandeirantes eram chamados os exploradores que saiam do litoral em direção ao interior do Brasil, uma região até então inexplorada, em busca de ouro e pedras preciosas. Foram responsáveis pela expansão do território nacional, mas ao mesmo tempo, um dos principais inimigos dos indígenas da época. Os bandeirantes caçavam os índios e negros e escravizavam-os durante as expedições. Foram um dos grandes protagonistas do sistema escravocrata no período do Brasil Colonial. As expedições organizadas por grupos particulares (senhores do engenho, fazendeiros, comerciantes) eram chamadas de Bandeiras, já os grupos de desbravadores enviados pelo governo recebiam o nome de Entradas. Origem do Dia do Bandeirante O Dia do Bandeirante é celebrado em 14 de Novembro, no entanto não há um registro que oficialize a data ou que explique o motivo para a sua escolha. Mas, as comemorações acontecem em todo o país, principalmente nas escolas. Os alunos realizam atividades que lembram a importância que estes personagens tiveram para a construção da história do Brasil. Dia Nacional da Alfabetização O Dia Nacional da Alfabetização é comemorado anualmente em 14 de Novembro, no Brasil. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da implantação de melhores condições de ensino e aprendizagem no país. A alfabetização não se baseia unicamente no ato de aprender a ler e a escrever, mas também no desenvolvimento da capacidade de compreensão, interpretação e produção de conhecimento. Origem do Dia Nacional da Alfabetização O Dia Nacional da Alfabetização é comemorada desde 14 de Outubro de 1966, criada em homenagem à criação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 1930, a partir do Decreto de Lei nº 19.402. No Brasil também se comemora o Dia Internacional da Alfabetização, em 8 de Setembro. Esta data foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) e possui o mesmo objetivo de fomentar o processo de alfabetização em todos os países do mundo. Atividades para o Dia Nacional da Alfabetização No Dia da Alfabetização, a comunidade escolar e familiar costumam se unir na prática de atividades que auxiliem no processo de conscientização da importância em construir um país livre do analfabetismo. Neste dia você pode aproveitar para: Realizar um concurso de poesia, incentivando os alunos a produzir seus próprios poemas Desenhar e pintar algo relacionado sobre viver em um país alfabetizado Fazer um concurso de soletrar/ditado Dia Mundial do Diabetes O Dia Mundial da Diabetes é comemorado desde 1991, em 14 de novembro, data de aniversário de Sir Frederick Banting, co-descobridor da insulina, juntamente com Charles Best. O tema adotado para as campanhas dos anos de 2021 a 2023 é “Acesso aos Cuidados da Diabetes”. Globalmente, estima-se que 422 milhões de adultos viviam com diabetes em 2014, em comparação com 108 milhões em 1980. A prevalência global de diabetes quase dobrou desde 1980, passando de 4,7% para 8,5% na população adulta. Isso reflete um aumento nos fatores de risco associados, como sobrepeso ou obesidade. São José Pignatelli, padre que deu exemplo de obediência à Sé Apostólica Origem e seu começo nos Jesuítas José Pignatelli nasceu em Saragoça, em 1737, pertencente a uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdeu a mãe aos cinco anos, morando com uma irmã, de quem recebeu educação católica. Retornando para a Espanha, aos doze anos, entrou para a Companhia de Jesus acompanhado de seu irmão. Fez o Noviciado junto aos Jesuítas da província de Aragão. Aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e, depois, nos colégios de Bilbau e de Saragoça. Em 1762, foi ordenado sacerdote, dedicando-se ao ensino das Letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Em 1767, levantou-se uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus, onde os Jesuítas foram expulsos dos países que atuavam: França, Reino das Duas Sicílias, dos Ducados de Parma e Piacenza, de Malta e de Portugal. Por fim, foram também expulsos da Espanha por rei Carlos II. Em meio às adversidades, Padre Pignatelli mostrou sua força e constância, por isso foi nomeado Provincial de todos esses exilados. Recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara, na Itália, onde fez a profissão solene de quatro votos. Sacerdote caridoso, preparação e restauração da Companhia de Jesus Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, por quase vinte e cinco anos, entregou-se aos estudos, construindo uma biblioteca de grande valor, dando-se principalmente às obras de caridade para com os antigos membros da Companhia. Depois de um tempo, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que, sendo cismática, não aceitava a supressão vinda de Roma. Os Jesuítas da Rússia atentaram-se ao bom número de ex-Jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para os noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli veio a ser provincial. Mas o exército francês apareceu e dispersou este grupo de Jesuítas. Em 1806, transfere-se para Roma, onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento de sua Companhia. Esse fato só ocorreu em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Sua Páscoa e canonização Padre Pignatelli faleceu em 1811, com 74 anos. Foi beatificado por Pio XI, em 1933, que chamou o santo de “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir