22 de Março – Dia Mundial da Água e Dia de São Zacarias

Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água é comemorado anualmente em 22 de março.

Esta data internacional foi criada em 1992, visando alertar a população sobre a importância da preservação da água para a manutenção de todos os ecossistemas no planeta.

Para isso, todos os anos o Dia Mundial da Água aborda um tema específico sobre este recurso natural de absoluta importância para a existência da vida.

Nos dias 22 a 24 de março de 2023, em Nova York, está agendada uma Conferência das Nações Unidas sobre a Água. Foram escolhidos cinco temas de debate para esse evento: Água para a Saúde, Água para o Desenvolvimento, Água para o Clima, Resiliência e Meio Ambiente, Água para a Cooperação, e Água na Década para a Ação.

Nos últimos anos os temas escolhidos foram:

  • 2022: “Águas subterrâneas: Tornando o invisível visível”
  • 2021: “Valorizando a água”
  • 2020: “Água e mudanças climáticas”
  • 2019: “Não deixar ninguém para trás”
  • 2018: “Soluções Naturais para problemas hídricos”

A conscientização sobre a urgência da economia deste recurso natural é uma das principais metas desse dia.

A água limpa e potável é um direito humano garantido por lei desde 2010, de acordo com a ONU – Organização das Nações Unidas.

Origem do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi instituído pela ONU através da resolução A/RES/47/193, de 21 de fevereiro de 1992. Conforme a resolução, o dia 22 de março é a data oficial para comemorar e realizar atividades de reflexão sobre o significado da água para a vida na Terra.

Neste mesmo dia, a ONU lançou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que apresenta entre as principais normas:

  1. A água faz parte do patrimônio do planeta;
  2. A água é a seiva do nosso planeta;
  3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
  4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
  5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
  6. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
  7. A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
  8. A utilização da água implica respeito à lei;
  9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
  10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

A importância da água e a necessidade de preservá-la

A água é essencial para vivermos e termos saúde. De acordo com a ONU, cerca de 80% das mortes e doenças está relacionada ao consumo de água não tratada.

Apesar de parecer um recurso inesgotável – a maior parte do nosso planeta é constituído de água -, ela está acabando.

Isso se explica por vários motivos, por exemplo:

  • apenas cerca de 2,7% da água que existe pode ser consumida, porque a grande parte dela é salgada;
  • a população está aumentando cada vez mais;
  • grande parte da água é imprópria para consumo em decorrência da poluição.

Acresce que, de toda a água doce disponível no planeta para consumo, 60% da água é utilizada na agricultura, enquanto apenas 9% é utilizada nas nossas casas.

No caso do Brasil, é importante lembrarmos, ainda, que cerca de 90% da energia elétrica é produzida pela força da água, nas usinas hidrelétricas.

O Brasil tem a maior reserva de água doce do mundo. Mas, de acordo com a ONU, cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo têm pouquíssima água disponível.

O Kuwait, por exemplo, é um país muito rico em petróleo, mas tem uma grande carência de água e, assim, precisa importá-la de outros países.

Há países onde a água é disputada. Isso acontece em decorrência da exploração de rios localizados em territórios diferentes. É o caso de Israel, Líbano e Jordânia, que lutam pela Colinas de Golã, onde está localizada a nascente do rio Jordão.

O rio Nilo, o maior do mundo, motiva a briga entre o Egito, Sudão, Etiópia e ainda outros países. Neste caso, há países exigindo a partilha do rio, cujo monopólio pertence ao Egito e ao Sudão. A Etiópia, construiu uma enorme barragem e entrou na disputa exigindo acesso às águas do rio Nilo.

Por tudo isso, garantir que todos tivessem acesso à água, bem como conscientizar a população sobre a sua preservação, deveria ser um compromisso de todos os Estados.

Atividades para o Dia Mundial da Água

Alunos, pais e professores podem aproveitar o Dia da Água para promover diversas atividades que ajudem a população a se conscientizar sobre a importância da preservação da água, por exemplo:

  • Fazer uma peça de teatro sobre como seria a vida sem água;
  • Fazer desenhos sobre como as pessoas deveriam preservar melhor a água;
  • Fazer um vídeo mostrando alguns cuidados básicos que toda pessoa pode ter para ajudar a preservar a água;
  • Fazer um debate sobre as consequências da falta de água potável no mundo.

São Zacarias, Papa cujo nome significa “o Senhor lembra”

Origem
São Zacarias era de origem grega, estabelecido na Calábria, seu pai chamava-se Policrônio. Seu nome significa “o Senhor lembra”.

Papa
Em 741, foi eleito Papa e sucedeu a Gregório III. Foi eleito por unanimidade apenas cinco dias depois do falecimento de seu predecessor. Devido às necessidades da Cristandade naquele tempo, Deus teve pressa com ele.

Excelência
Ele foi considerado um excelente administrador das terras da igreja, do patrimônio da igreja, que progrediu durante o tempo em que ele foi responsável.

São Zacarias: o último Papa grego

Grego
São Zacarias foi o último dos papas gregos e também o último Papa a comunicar oficialmente sua eleição à corte imperial e ao patriarca de Constantinopla. Por meios da diplomacia pessoal, restabeleceu relações pacíficas com os lombardos no norte da Itália.

Diplomacia
Em uma visita do rei lombardo à Terní, recebeu de volta as cidades de Ameria, Horta, Polimartio e Blera e juntou todo o patrimônio da Igreja romana, que tinha sido roubado pelos lombardos nos últimos trinta anos.

Trégua
São Zacarias assinou uma trégua de vinte anos entre o ducado de Roma. Foi recebido de volta pelo povo romano com uma procissão solene. Agradecido a Deus pelos resultados que o Papa tinha conseguido na viagem, mandou construir uma capela na Igreja de São Pedro, em nome do rei Liutprand. Porém, decepcionou-se com o rei quando, no ano seguinte, ele estava pronto para atacar o território de Ravena e o arcebispo dessa diocese implorou ao Papa que fizesse algo para ajudá-los.

Tudo feito pela diplomacia
O Papa Zacarias enviou emissários para resolver o problema, mas eles voltaram sem nada conseguir. Então, ele mesmo foi até Ravena, depois, para Paiva visitar Luitprand, que já estava pronto para começar a invasão. Era véspera de festa de São Pedro e São Paulo. Foi ele quem celebrou a vigília e, com isso, conseguiu convencer o rei a não fazer esse ataque a Ravena. Meses depois, Liutprand morreu, sendo que o primeiro sucessor desistiu e subiu ao trono Ratchis, para conduzir o reino dos lombardos. O novo rei tinha imenso respeito pelo Papa Zacarias, mas, apesar de muito piedoso, sitiou Perusa por pressão dos seus comandados.

Diplomata e zeloso, São Zacarias marcou a história

Família Real
Outra vez, São Zacarias dirigiu-se ao acampamento lombardo. Suas palavras comoveram tanto o rei, que não só levantou o cerco da cidade, mas concedeu a paz aos romanos. Pouco tempo depois, renunciando ao mundo com sua mulher e filha, depôs a coroa aos pés do Papa. Zacarias benzeu suas vestes monarcais e ficou comovido com a família real. Nessa época, os francos voltaram para a Igreja e ela se tornou mais forte, garantindo a ordem cristã.

Zelo
Passados todos esses problemas, o Papa se dedicou totalmente às coisas da igreja: cuidava dos arquivos, restaurou os templos romanos, cuidou da agricultura e ainda beneficiou a abadia de Monte Casino, onde os dois viviam como monges.

Sua herança
Zacarias, pode se dizer, foi um bom Papa e morreu em março de 752, aos 73 anos, depois de onze anos de pontificado. Sua memória é celebrada em 22 de março.

A minha oração
“Jesus, que eu faça tudo com amor, seja o trabalho que for. Dá-me essa graça.”

São Zacarias, rogai por nós!


Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 22 de março:

  • Santo Epafrodito, a quem o apóstolo São Paulo chama irmão, colaborador e companheiro de combate.
  • São Paulo, bispo, na França († s. III)
  • Santos Calínico e Basilissa, mártires, na atual Turquia († data inc.)
  • São Basílio, presbítero e mártir, que, durante todo o mandato do imperador Constâncio, resistiu fortemente aos arianos, e em seguida, no tempo do imperador Juliano, tendo orado a Deus para que nenhum cristão se afastasse da fé, foi preso e entregue ao procônsul da província e, depois de muitos tormentos, consumou o seu martírio. († 362)
  • Santa Lia, viúva romana, cujas virtudes e partida deste mundo para Deus receberam os louvores de São Jerónimo. († c. 383)
  • São Benvindo Scotívoli, bispo, que, eleito pelo papa Urbano IV para esta sede, conciliou a paz entre os cidadãos e, conforme o espírito dos Frades Menores, quis morrer sobre a terra nua. († 1282)
  • São Nicolau Owen, religioso da Companhia de Jesus e mártir, que durante muitos anos construiu refúgios para esconder os sacerdotes; e por isso, no reinado de Jaime I, depois de ser encarcerado e durissimamente torturado e finalmente lançado no cavalete, foi gloriosamente ao encontro de Cristo Senhor, na Inglaterra († 1606)
  • Beato Francisco Chartier, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, morreu decapitado em ódio ao sacerdócio, na França († 1794)
  • Beatos Mariano Górecki e Bronislau Komorowski, presbíteros e mártires, que, durante a ocupação militar da sua pátria por sequazes de uma doutrina hostil à religião, foram fuzilados em ódio à fé cristã, na Polónia († 1940)
  • Beato Clemente Augusto Graf von Galen, bispo, que reflectiu entre o clero e o povo a imagem evangélica do bom Pastor; lutou abertamente conta os erros do nacional-socialismo e contra a violação dos direitos do homem e da Igreja e pela sua coragem foi chamado “o leão de Münster”, na Alemanha († 1947)

Fontes:

  • vaticannews.va
  • Martirológio Romano

– Pesquisa: Luis Eduardo Sá Gomes – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova