O Dia do Músico é comemorado anualmente em 22 de novembro.
Esta data homenageia os artistas que interpretam melodias e harmonias que encantam a humanidade há milhares de anos.
O Dia do Músico é comemorado no mesmo Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos, e bastante reconhecida pelos católicos no Brasil.
Origem do Dia do Músico (Dia de Santa Cecília)
O Dia do Músico é celebrado em 22 de novembro em homenagem à figura de Santa Cecília, considerada a padroeira dos músicos, de acordo com a tradição Católica.
Santa Cecília nasceu em Roma em meados do século III. A jovem costumava participar das missas do Papa Urbano I e era uma cristã bastante devota. No entanto, um dia, sem saber, foi prometida por seu pai para se casar com Valeriano, um homem pagão.
Diz a lenda que, na noite de núpcias, Cecília recusou-se a perder a virgindade e cantou para o esposo a beleza de manter a castidade.
O canto de Cecília convenceu Valeriano a manter a esposa virgem. Na verdade, o marido se emocionou tanto que decidiu se converter ao cristianismo e sair da vida pagã. Em seguida, o irmão de Valeriano, Tibúrcio se converteu ao cristianismo e ambos foram condenados à morte.
Mais tarde, Cecília se enfrentaria aos funcionários da corte romana e seria torturada a fim de renunciar sua fé. No entanto, qual mais lhe submetiam aos sofrimentos, mais ela se mostrava mais disposta e cantava a Deus.
Ao fim de alguns dias foi decapitada. Sua festa se comemora desde o século V, mas somente em 1594, ela foi nomeada padroeira da música pelo papa Gregório XIII.
A Mitologia Grega e a Música
De acordo com a lenda grega, os deuses pediram para que Zeus criasse divindades que pudessem cantar em celebração às vitórias contra os Titãs.
Zeus, atendendo aos pedidos, passou 9 noites de amor com Mnemosia, a deusa da memória, e desta união nasceram 9 entidades, que foram chamadas “Musas”. Aliás, a origem da palavra música vem daí.
Entre as suas novas criações, estava Euterpe, a musa da música, que formou par com Apolo, deus do Sol e da música, para louvar as vitórias dos outros deuses.
Euterpe, geralmente, é representada com uma coroa de flores à cabeça e uma flauta entre as mãos.
O aniversário da cidade de Niterói, localizada no estado do Rio de Janeiro, é comemorado anualmente em 22 de novembro.
A cidade foi fundada no ano de 1573 quando o governador Estácio de Sá (1520-1567) presenteou às terras à direita da entrada da Baía de Guanabara ao chefe indígena dos temiminós, Arariboia.
Mais tarde foi elevada a condição de Vila Real, com o nome de Vila Real da Praia Grande. Posteriormente, seria capital do estado do Rio de Janeiro nos períodos de 1834-1895 e 1903-1975.
A cidade possui quase 600.000 habitantes e fica exatamente em frente à cidade do Rio de Janeiro, estando separadas pela Baía de Guanabara e unidas pela ponte presidente Costa e Silva, mais conhecida como ponte Rio-Niterói.
O fato de estar próxima ao Rio de Janeiro é, paradoxalmente, seu principal ponto positivo e negativo. Positivo porque o cidadão de Niterói conta com todas as comodidades de uma cidade grande, porém em dimensões mais humanas.
A desvantagem fica por conta dos poucos empregos que obrigam seus habitantes irem ao Rio de Janeiro para trabalhar transformando Niterói numa cidade-dormitório.
Festa para Celebrar o Aniversário de Niterói
O aniversário da cidade é feriado municipal e a prefeitura organiza vários shows e eventos em vários pontos da cidade como o Horto do Fonseca, a Praia de Icaraí (ou São Francisco) ou no Teatro Popular Oscar Niemayer.
A festa começa com a celebração da missa na Igreja de são Lourenço dos Índios, considerada a primeira da cidade e a terceira do estado do Rio de Janeiro.
Igualmente, no Teatro Municipal João Caetano, há concertos dos programas de música clássica levados a cabo pela prefeitura, como o Projeto Aprendiz.
Celebrado em 22 de novembro, o Dia da Comunidade Libanesa no Brasil é uma data que reconhece e celebra a contribuição dos imigrantes libaneses e seus descendentes para a cultura, economia e sociedade brasileira. Este dia é uma oportunidade de honrar a história da imigração libanesa, valorizar a rica herança cultural trazida por esse povo e fortalecer os laços entre Brasil e Líbano.
A relação entre o Brasil e o Líbano começou no final do século XIX, quando os primeiros imigrantes libaneses chegaram ao território brasileiro. Fugindo de crises econômicas, conflitos e perseguições religiosas no então Império Otomano, muitos deles encontraram no Brasil uma nova oportunidade de vida.
As Primeiras Comunidades
A maioria dos primeiros imigrantes libaneses era formada por cristãos maronitas, mas com o tempo, pessoas de outras religiões, como muçulmanos e drusos, também se estabeleceram no Brasil. Muitos vieram sem grandes recursos financeiros e começaram trabalhando como mascates, vendendo mercadorias de porta em porta.
Com esforço e dedicação, eles se estabeleceram em cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro, bem como em pequenos municípios do interior, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social dessas regiões.
Hoje, estima-se que o Brasil abrigue cerca de 10 milhões de descendentes de libaneses, a maior diáspora libanesa no mundo. Eles estão presentes em diversos setores da sociedade e ajudaram a moldar a identidade multicultural do país.
Santa Cecília, padroeira dos músicos e cantores
Origens
Santa Cecília era uma nobre jovem romana, foi martirizada por volta do ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I. Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de Trastevere é anterior ao edito de Constantino. Em 313, decretou o domingo como dia ferial; e a festa em sua memória foi celebrada no ano 545.
Voto de Virgindade Perpétua
A narração do seu martírio está contida na Passio Sanctae Caeciliae, um texto mais literário que histórico caracterizado por uma forte conotação lendária. Segundo a Passio, Santa Cecília era esposa do patrício Valeriano, para quem, no dia do matrimônio, revelou ter-se convertido ao Cristianismo e ter feito o voto de virgindade perpétua, por isso, não poderia viver as relações matrimoniais, além disso, indicou que ele fizesse o mesmo. Valeriano aceitou, então, foi catequizado e batizado pelo Papa Urbano I.
A Prisão dos Irmãos
Logo depois, também seu irmão Tibúrcio abraçou a fé cristã. Ambos os irmãos foram presos, por ordem do prefeito Turcio Almachio; após serem torturados, foram decapitados, juntos com Máximo, o oficial encarregado de levá-los ao cárcere; mas que, ao longo do caminho, também se convertera e, por isso, morreu junto a eles.
A fé de Santa Cecília venceu a morte
As Frustradas tentativas de Almachio
Por conseguinte, Almachio decidiu também matar Santa Cecília. No entanto, ele temia as repercussões por uma execução pública, visto a popularidade da jovem cristã. Então, após tê-la submetido a um julgamento sumário, mandou levá-la para a sua casa, onde foi trancada em uma terma, em altíssima temperatura, simulando uma morte por asfixia. Depois de um dia e uma noite, os guardas a encontraram milagrosamente viva, envolvida em um celeste refrigério. Assim, Almachio mandou decapitá-la. Mas apesar de três golpes violentos na nuca, o algoz não conseguiu cortar sua cabeça.
Páscoa
Santa Cecília morreu após três dias de agonia, durante os quais doou todos os seus bens aos pobres, a sua casa à Igreja. Não podendo mais pronunciar sequer uma palavra, continuou a professar a sua fé em Deus, Uno e Trino, apenas com os dedos das mãos. Foi desta forma que o pintor Stefano Maderno a esculpiu na famosa estátua, que ainda se encontra sob o altar central da Basílica a ela dedicada.
“A virgem Cecília que trazia sempre em seu coração o Evangelho de Cristo” (Papa Pascoal I)
Relíquias
A Lenda Áurea, a coletânea medieval de biografias hagiográficas, composta em latim pelo dominicano, Jacopo de Varazze, que conta uma série de elementos narrativos da Passio. Na coletânea, narra que foi o próprio Papa Urbano I, com a ajuda de alguns diáconos, que sepultou o corpo da jovem mártir nas Catacumbas de São Calisto. Foi sepultada em um lugar de honra, perto da cripta dos Papas.
A Transladação das Relíquias
No ano 821, o Papa Pascoal I, grande devoto da santa, transladou suas relíquias à cripta da Basílica de Santa Cecília, no bairro romano de Trastevere, edificada em sua memória. Às vésperas do Jubileu de 1600, durante as obras de restauração da Basílica, a pedido do Cardeal Paulo Emílio Sfrondati, foi encontrado o sarcófago, com o corpo da jovem Santa. O corpo estava em ótimo estado de conservação, coberto com um vestido de seda e ouro.
Santa Cecília e a Música
A conexão com a Música
Há uma conexão explícita entre Santa Cecília e a Música, documentada desde a Idade Média tardia. O motivo deve-se a uma errada interpretação, segundo alguns, de um trecho da Passio. Segundo outros, da antífona de entrada da Missa, por ocasião da sua festa, onde se lê: “Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor”. A partir da segunda metade do século XV, em diversos lugares da Europa, a iconografia da Santa começa a proliferar-se e a enriquecer-se de elementos musicais.
Obra de Rafael Sanzio
O êxtase de Santa Cecília, obra-prima de Rafael Sanzio para a igreja de São João no Monte, em Bolonha, que a representa com uma mão em um órgão móvel e, em seus pés, vários instrumentos musicais. A obra confirma a íntima ligação da mártir romana com a música. Ela já era invocada e celebrada como Padroeira dos músicos e cantores. Foi dedicada a ela a Academia de Música, fundada em Roma em 1584.
Exemplo de Entrega total a Jesus
Santa Cecília é para a Igreja um grande sinal de fé e pureza, pois ela permaneceu fiel aos seus votos de virgindade mesmo em meio às ameaças contra a sua vida. Escolheu abraçar o martírio do que renunciar seu amor total a Jesus. Torna-se, então, um exemplo de mulher forte na fé, convicta no amor. Portanto, é padroeira da música porque cantou com a vida uma canção de amor a Jesus.
Minha oração
“Ó querida santa, rogai pelos músicos, para que tenham composições santas, que se inspirem cada dia mais na vida e no testemunho da Igreja de Cristo; e, por meio disso, o nome do Senhor seja anunciado, querido e amado por todos os que rezam através das músicas. Amém.”
Santa Cecília, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 22 de novembro
- Comemoração de São Filémon de Colossos, na atual Turquia, cujo amor a Jesus Cristo foi causa de alegria para São Paulo; juntamente com ele é venerada sua esposa, Santa Ápia.
- Em Arbela, na Pérsia, hoje Erbil, no Iraque, Santo Ananias, mártir. († 345)
- Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Benigno, bispo. († c. 470)
- Em Autun, na Gália Lionense, na hodierna França, São Pragmácio, bispo. († c. 517)
- Junto ao rio Zihun, perto de Maras, cidade da Cilícia, no território atual da Turquia, os beatos Salvador Lillo, presbítero da Ordem dos Frades Menores, João, filho de Balzi, e outros seis companheiros naturais da Arménia, mártires. († 1895)
- Na localidade de Triora, na Ligúria, região da Itália, o Beato Tomás Réggio, bispo de Gênova. († 1901)
- Em Teocaltitlan, cidade do México, São Pedro Esqueda Ramírez, presbítero e mártir. († 1927)
- Em Paterna, cidade da província de Valência, na Espanha, os beatos Elias e Beltrão Francisco, religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936)
- Em Orfans, perto de Gerona, também na Espanha, o Beato Fernando Maria, presbítero da Ordem dos Carmelitas e mártir. († 1936)
Fonte:
- Livro ‘Legenda Áurea, Vidas de Santos’ – Jacopo de Varazze
- Martirológio Romano
- Vaticannews.va
- Vatican.va
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova