31 de Dezembro – Véspera de Ano-Novo e Dia de São Silvestre

Réveillon de Copacabana.
Réveillon de Copacabana é o mais famoso do Brasil.

31 de dezembro, véspera do Ano-Novo, também conhecida como Réveillon, é a data de um dos eventos mais esperados por quem adora uma festa. A data, celebrada em todo o mundo de diversas formas e de acordo com a cultura local, é sinônimo de uma comemoração alegre, leve, cheia de cores e sabores.

A celebração remete à ideia de agradecimento, diversão e folia. O Réveillon conta com diferentes rituais, mas alguns já se tornaram tradição, como a queima de fogos de artifício, os brindes com champanhe, muita música, abraços, entre outras demonstrações.

Algumas pessoas gostam de passar o Réveillon em casa com familiares; já outras preferem ir a festas, praias, parques ou lotar avenidas. Em algumas cidades, a comemoração da virada é realizada em pontos turísticos, como a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. A contagem regressiva é tradicional na comemoração da maioria dos países. Quando ocorre a virada do ano, as pessoas ficam tão felizes a ponto abraçarem umas às outras, mesmo que sejam desconhecidas. Em síntese, a esperança de um novo ano melhor e mais frutífero preenche a mente de quem está celebrando o Réveillon.

História do Réveillon

Por que a véspera do Ano-Novo é chamada de Réveillon? Essa palavra tem origem na língua francesa e faz referência à ideia de “despertar”, “acordar” e “reanimar”.

Esses significados relacionam-se com a virada do ano, uma vez que, além de ser um período de festa, é um momento de reflexões, de análises, de encerrar ciclos e de tomar novas decisões e estabelecer metas.

E o que a história tem a contar sobre o Réveillon? Pesquisas indicam que os povos da Mesopotâmia já celebravam o Ano-Novo em 2000 a.C. A comemoração ocorria conforme as fases da Lua ou a mudança das estações.

Para outros povos, como os egípcios e os fenícios, o Ano-Novo começava em setembro. Outro exemplo foram os gregos, que faziam a comemoração nos dias 21 ou 22 de dezembro.

O Réveillon somente começou a ser celebrado na madrugada do dia 1º de janeiro a partir do final do ano de 1500, mediante a introdução do calendário gregoriano no Ocidente.

Curiosidade: a virada do ano ocorre primeiramente na ilha de Kiritimati, na República do Kiribati, situada no oceano Pacífico. A festa começa 16 horas antes do horário de Brasília. Uma hora depois, começa a festa em Auckland, na Nova Zelândia.

São Silvestre I, o Papa que “recebeu” a Igreja de Constantino

Origens
São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais do que o servir, teria, antes, servido – se dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebeu o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.

A Intromissão de Constantino
Na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.

A prudência de São Silvestre I
E, talvez, São Silvestre I, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre I, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, preferiu agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.

São Silvestre I, 33º Papa da Igreja Católica

Medida exorbitante de Constantino
Constantino terá certamente exorbitado, mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissensões ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, vê-se de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.

Agitação de Ario
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino, que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros. Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se à aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.

Heresia de Ario
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação; e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por São Silvestre I.

O final de um grande Pontificado

Inauguração de Constantinopla
Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até a sua queda em poder dos turcos otomanos em 1453.

Doação Constantiniana
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de São Silvestre I, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e, mais tarde, a São João Batista e São João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.

Páscoa
Depois de um longo pontificado (de 314 a 335), cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre São Silvestre I, no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. São Silvério foi sepultado no cemitério de Priscila. Os seus restos mortais foram transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

Minha oração

“Ó grande defensor da fé, ilustre sábio da doutrina, defendei o povo fiel do mal das heresias, das mentalidades mundanas e de tudo o que nos circunda contra os valores humanos. Te rogamos a lucidez da doutrina e a graça de amar o Deus verdadeiro e servir a única Igreja. Amém.”

São Silvestre I, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 31 de dezembro

  • Também em Roma, no cemitério dos Jordanos, junto à Via Salária Nova, as santas Donata, Paulina, Rogata, DominandaSerótina, Saturnina e Hilária, mártires. († data inc.)
  • Em Sens, na Gália Lionense, atualmente na França, Santa Colomba, virgem e mártir. († s. IV)
  • Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Zótico, presbítero, que se dedicou a providenciar o sustento dos órfãos. († s. IV)
  • Em Jerusalém, Santa Melânia a Jovem, que, com seu esposo São Piniano, deixou Roma e partiu para a Cidade Santa. († 439)
  • Em Ravena, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, São Barbaciano, presbítero. († s. V)
  • Em Lausana, no território dos Helvécios, na hodierna Suíça, São Mário, bispo. († 594)
  • Em La Louvesc, localidade situada nos montes próximos de Le Puy-en-Vélay, na França, São João Francisco de Règis, presbítero da Companhia de Jesus.(† 1640)
  • Na fortaleza de Mercués, perto de Cahors, na França meridional, o passamento do Beato Alano de Solminihac, bispo de Cahors. († 1659)
  • Em Paris, na França, Santa Catarina Labouré, virgem das Filhas da Caridade, que venerou de modo singular a Imaculada Mãe de Deus. († 1876)
  • Em Cágliari, na Sardenha, região da Itália, a Beata Josefina Nicoli, virgem das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. († 1924)

Fonte:

  • Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Martirológio Romano
  • Vatican.va

– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova