Quatro jornalistas da Rede Globo foram agredidos nesta quinta-feira (12) à tarde durante a cobertura da saída da presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, em Brasília.
Entre as vítimas estavam os repórteres Marcelo Cosme, Zileide Silva, Roniara Castilhos e Wesley Araruna.
Eles foram levados pela assessoria de imprensa do Palácio para um local próximo à rampa, onde Dilma Rousseff discursaria. No mesmo local, manifestantes começaram a gritar contra a presença da imprensa. Os jornalistas foram xingados e três deles, empurrados e chutados. Apesar da agressão, os quatro profissionais passam bem.
Ainda nesta terça-feira (10) três jornalistas, dois da TV Gazeta, foram agredidos com socos e pontapés durante cobertura de uma manifestação contra o afastamento da presidente em Vitória, no Espírito Santo. Um vídeo mostra o momento em que um homem faz ameaças e dá socos e chutes nos repórteres.
O presidente da Associação Brasileira de Imprensa Domingos Meirelles divulgou uma nota onde repudia a escalada da violência contra jornalistas no exercício da profissão por entender que ela representa grave ameaça à liberdade de informação e ao estado de direito.
“A ABI entende que as agressões registradas em Brasília e Vitória contra profissionais de imprensa denigrem a imagem do País no momento em que o mundo acompanha de perto o doloroso processo de afastamento de um Presidente da República. Esse episódio histórico exige reflexão, serenidade e prudência para que não sejamos arrastados pelas paixões e traídos por argumentos que não encontram amparo na razão”.
Rio de Janeiro, 12 de maio de 2016.
NOTA OFICIAL
A Associação Brasileira de Imprensa deplora a escalada de violência iniciada, nos últimos dias, contra jornalistas no exercício da profissão por entender que ela representa grave ameaça à liberdade de informação e ao Estado de Direito.
“A ABI entende que as agressões registradas em Brasília e Vitória contra profissionais de imprensa denigrem a imagem do País no momento em que o mundo acompanha de perto o doloroso processo de afastamento de um Presidente da República. Esse episódio histórico exige reflexão, serenidade e prudência para que não sejamos arrastados pelas paixões e traídos por argumentos que não encontram amparo na razão”.
Domingos Meirelles
Presidente da ABI