Redação Portal IMPRENSA
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiaram nesta terça (16) o ataque sofrido um dia anterior pelo fotógrafo do jornal O Estado de Minas enquanto cobria uma manifestação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra medidas de combate à pandemia.
“As agressões sofridas pelo repórter fotográfico no exercício de suas funções profissionais são uma violação à liberdade de imprensa e uma evidência de baixo apreço pela democracia por parte dos manifestantes”, afirmou a Abraji na nota.
Crédito: Reprodução Estado de Minas
As agressões sofridas pelo repórter fotográfico, cujo nome não foi divulgado por motivos de segurança, foram registradas em boletim de ocorrência e em fotos e vídeos.
Nas imagens o profissional é empurrado e ofendido pelos manifestantes, que tentam impedir que o jornalista grave e fotografe o ato.
Após mostrar o crachá, o profissional sofreu ataques ainda mais violentos, incluindo um golpe de capacete.
“Também levei pontapés na perna esquerda e golpes com um cabo de uma bandeira próximo ao rosto. Tudo isso sem motivo algum. Fui à manifestação simplesmente para fazer o meu trabalho, que é reportar. A primeira coisa que fiz foi me identificar como trabalhador da imprensa, mas o clima de histeria no protesto era tal, que as pessoas começaram a dizer que meu crachá era falso e partiram para cima de mim”, contou o profissional em reportagem publicada pelo O Estado de Minas.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiu notas em que condena esta e outra agressão, ocorrida em Salvador no sábado (13) e que vitimou uma fotojornalista.
“Os agressores atentaram contra a integridade física de um cidadão e também contra o direito de todos serem livremente informados, já que o repórter-fotográfico estava trabalhando para levar a público informações sobre a manifestação”, disse a ANJ em nota.