Anvisa libera importação da vacina de Oxford. Fiocruz quer vacinação este mês

Foto: EFE/EPA/Oxford University
Foto: EFE/EPA/Oxford University

A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, anunciou neste sábado, 2, que liberou a importação excepcional de 2 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus pela Fiocruz.

A Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, vai importar 2 milhões de doses da vacina de Oxford e quer começar vacinação contra Covid-19 ainda este mês.

O pedido para a importação excepcional das doses foi feito em ofício no dia 31 de dezembro de 2020, um dia depois de o Reino Unido autorizar o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o novo coronavírus.

A importação é considerada excepcional porque o uso do medicamento ainda não foi autorizado formalmente pela agência, mas será trazido ao país para que a vacinação possa ser iniciada imediatamente após o uso ser liberado, possivelmente ainda neste mês. A Fiocruz disse que fará o pedido de utilização até o próximo dia 6.

“De acordo com o pedido da Fiocruz, a importação excepcional é uma preparação para antecipar a disponibilização de vacinas a partir do momento em que o seu produto estiver aprovado pela Anvisa”, diz o comunicado da agência.

Como se trata de uma autorização emergencial, a Anvisa estabeleceu algumas regras. A mais importante é que todas as doses serão armazenadas pela Fiocruz, que tem parceria com a Oxford e a AstraZeneca, até que o uso seja liberado.

Estratégia

A estratégia é trazer algumas doses totalmente preparadas no exterior.

O laboratório disse à Anvisa que busca formas de antecipar a entrega do produto finalizado, “considerando o grave quadro sanitário” e a “aceleração dos números de mortes associadas à Covid-19”.

Nos ofícios enviados à Anvisa, a Fiocruz não informa quantas pessoas pretende imunizar a partir dos dois milhões de doses, nem a data prevista para o início da campanha.

A vacinação

O Ministério da Saúde afirma que, no melhor cenário, a vacinação começa em 20 de janeiro no País.

A ideia é distribuir 210,4 milhões de doses em 2021, que serviriam para imunizar mais de 105 milhões de pessoas.

Cerca de R$ 2 bilhões foram investidos para a compra de doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz.

No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.

A aplicação da vacina de Oxford é feita em duas doses completas, com intervalo de um a três meses.

Com informações do R7, Estadão/Jovem Pan