Na quarta, 16 de outubro, completaram-se dois anos do assassinato de Daphne Caruana Galizia, uma das principais jornalistas de Malta. A polícia ainda não descobriu quem ordenou o crime e as investigações foram colocadas sob suspeita por observadores internacionais.
Ao jornal inglês Guardian, Pieter Omtzigt, analista sênior do Conselho Europeu, reforçou a preocupação com a possibilidade de a polícia ter ignorado intencionalmente provas que pudessem levar aos autores do assassinato. Membro do parlamento holandês, Omtzigt tem monitorado o caso pelo Conselho Europeu desde o ano passado.
Crédito:Reprodução Time
Morta após um carro-bomba explodir próximo à sua residência, na cidade de Bidnija, Daphne era conhecida por seu trabalho investigativo. A jornalista participou da cobertura do caso Panama Papers e de diversas reportagens voltadas a expor casos de corrupção política e de agentes públicos.
Desde a morte de Daphne, Malta protagonizou um acentuado declínio no ranking de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras, caindo 30 lugares, para a posição atual de número 77, dentre 180 países.
Financiadas pela Fundação Justiça para Jornalistas, a RSF e a agência Shift produziram uma reportagem sobre as circunstâncias em que Caruana foi assassinada. O trabalho examina a carreira da jornalista e reforça as suspeitas em torno do controverso trabalho investigativo da polícia no caso