Projetos brasileiros de alfabetização midiática e de combate à desinformação decidiram sair das redações e buscar aliados fora da bolha jornalística
Por Marina Estarque. Texto publicado originalmente no site do Knight Center for Journalism in the Americas
Projetos brasileiros de alfabetização midiática e de combate à desinformação decidiram sair das redações e buscar aliados fora da bolha jornalística, com cursos para influenciadores digitais, professores e estudantes, funcionários do poder Judiciário e empresas dos mais variados setores, de bancos a planos de saúde.
Muitos desses projetos, que surgiram nos últimos anos, partem do princípio de que é urgente trazer outros atores para esse debate. São propostas que complementam o trabalho de desmascarar as notícias falsas, comumente feito pelo fact-checking, e atuam na formação de quem consome, dissemina ou produz conteúdo.
Assim surgiu o Redes Cordiais em meados de 2018. Um projeto de educação midiática voltada para influenciadores digitais. A ideia nasceu de uma conversa entre os três fundadores, os jornalistas Alana Rizzo, Clara Becker e Guilherme Amado. Eles estavam, nas palavras de Alana Rizzo, “angustiados com a escalada de desinformação e ódio no período pré-eleitoral”. Assim, começaram a pensar no que poderiam fazer, como jornalistas.