Nos últimos 11 anos, 37 jornalistas foram assassinados no Brasil. O número foi revelado pela Organização das Nações Unidas (Unesco) em lembrança ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio para ressaltar os princípios fundamentais da liberdade de imprensa. De acordo com o relatório apresentado em formato de gráfico, o país é o 6° mais perigosos para o exercício da profissão, perdendo apenas para Síria, Iraque, Paquistão, México e Somália, respectivamente nas primeiras posições, informou a ABI.
O estudo revela números alarmantes para as regiões Sudeste e Nordeste, que são as mais perigosas para o trabalho da imprensa. No período de 2006 a 2016, cada uma das regiões registrou 14 mortes de comunicadores, enquanto o Centro-Oeste teve seis mortes, duas no Norte e uma no Sul. A impunidade reflete muito a situação: até o momento, apenas oito casos foram resolvidos, sendo que outros 23 seguem em “andamento” ou sem resolução.
A Unesco mostra, também, o perfil das vítimas, sendo os radialistas os mais atingidos pela violência com um total de 16 mortes. Jornalistas (12), Blogueiros (6), cinegrafistas (2) e fotógrafos (1) completam a lista. O monitoramento que deu vida ao estudo foi feito em parceria com Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Secretaria Especial de Direitos Humanos, Artigo 19, Committee to Protect Jornalists, Press Emblem Campaign e Repórteres Sem Fronteiras, destacou o jornalista Lile Corrêa, ao vivo na emissora Líder FM 104,9.