O Brasil teve dois ganhadores no tradicional Prêmio Rei da Espanha outorgado a jornalistas ibero-americanos. A Record TV venceu, na categoria televisão, com a reportagem “Piratas da Amazônia”. A agência de notícias Amazônia Real foi escolhida como meio de comunicação de maior destaque da Ibero-América.
Nesta edição, o prêmio reuniu cerca de 200 trabalhos de 18 países. O Brasil concorreu com 24 indicações. A premiação é dividida em oito categorias individuais: imprensa, rádio, televisão, fotografia, jornalismo digital, jornalismo ambiental e desenvolvimento sustentável, Prêmio Ibero-Americano de Jornalismo e Prêmio Senhor Quixote.
A reportagem ganhadora foi exibida em uma das edições do programa Câmera Record do ano passado. A matéria relata o sequestro de uma família de americanos durante uma viagem pela região amazônica. Adam e Emily viajavam acompanhados de duas filhas pequenas. Em entrevista exclusiva, Emily revelou ter sido violentada por um dos piratas durante o ataque ocorrido em Breves, no Pará.
A equipe de reportagem acompanhou o trabalho da Polícia Civil para prender um dos envolvidos e mostrou como as quadrilhas de piratas agem nos rios da região amazônica. Os responsáveis pelo projeto foram Marcos Hummel, Daniel Motta, Marcelo Magalhães, Domingos Meirelles, Caio Laronga, Lucas Augusto, Carlos Francisco, Victor Haar, Pablo Soares, Demètrius Argyriou, Rafael Ramos, Renan Larangeira, Fabio Martins, Anna Paula Mello, Renata Garofano, Mateus Munin, Gustavo Costa, Pablo Toledo e Rafael Gomide.
A emissora já tinha conquistado a premiação em 2016, com a matéria As Eternas Escravas, exibida pelo Repórter Record Investigação.
Iniciativa independente e sem fins lucrativos, a Agência Amazônia Real faz jornalismo investigativo focado, principalmente, na questão dos povos indígenas e da proteção ambiental. O projeto teve início em outubro de 2013 e foi elogiado pela ética do trabalho.
Os outros premiados foram: o espanhol Francisco Moreno Fernandez (Prêmio Don Quijote), o nicaraguense Wilfredo Ernesto Miranda Aburto (Ibero-Americano), o espannhol Conchi Tejudo Miranda (rádio), o boliviano Roberto Navia Gabriel (jornalismo ambiental e sustentável), o português Nuno Andre Ferreira (fotografia), a venezuelana Maryelina Primera (jornalismo digital) e o argentino Diego Cabot (imprensa).
Os vencedores foram escolhidos por um júri formado por cinco jornalistas de diversas nacionalidades e presidido pelo presidente da agência EFE, Fernando Garea. A premiação, que não tem dotação econômica, é organizada pela agência de notícias espanhola em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) e é patrocinada pelo Grupo Suez.