Calopsitas apegam-se muito aos seus donos e são extremamente interativas, divertidas e, em condições normais, sempre alegres e simpáticas.
Lile Corrêa*
No dia 14 de março de 2017 por volta das 15h40 deu entrada no Centro Veterinário Dr. Marcelo Rezende uma Nymphicus Hollandicus conhecida como Calopsita de propriedade da senhora Denise, que alegava que sua ave havia sido atacada por seu cachorro no dia anterior, e apresentava um corte na cabeça.
O paciente foi a tendido pelo médico veterinário especialista em clínica e cirurgia de animais silvestres Dr. Marcelo Rezende, que ao avaliar a ave encontrou a musculatura do pescoço, peito e asa esquerda toda exposta, inglúvio (papo) e traqueia expostos, além de uma perfuração da traqueia.
A Calopsita apresentava também dificuldade respiratória e dor. Diante da gravidade e do tamanho das lesões a calopsita tinha indicação de eutanásia, pois seria muito difícil resistir a uma cirurgia tão complexa. Mas, depois de conversar com a proprietária e explicações sobre os riscos, foi resolvido que a cirurgia seria realizada.
Dr Marcelo informou ao Clube de Imprensa que como antibiótico foi utilizado a enrofloxacino, o meloxicam como anti-inflamatório e morfina como analgésico e diazepan como pre anestésico.
Foi coletado sangue para exames, que deram algumas alterações, mas nada que impedisse o ato cirúrgico.
O paciente foi preparado com remoção das penas próximas à lesão, limpeza e higienização da ferida. Em seguida foi encaminhado ao Centro Cirúrgico onde recebeu anestesia inalatória, foi realizada a reconstituição da área lesionada, com fio de náilon em ponto simples separado.
O procedimento cirúrgico durou aproximadamente 2 horas e não houve nenhuma intercorrência.
Cerca de meia hora após a cirurgia o paciente já estava em pé. Três horas depois já estava empoleirada. No dia seguinte já se alimentava normalmente.