Edilson José Alves*
Afirmação foi feita por Marcelino Nunes durante sessão que votou requerimento de Cândido Gabínio com apoio de Puka, Caio Augusto e Otaviano Cardoso
O vereador Marcelino Nunes (PROS), durante discussão no plenário da Câmara Municipal de Ponta Porã, disse que aprovar requerimento de autoria do suplente de vereador Cândido Gabínio (PSDB), seria o mesmo que tachar o poder legislativo de “Casa de Burros”. Outros parlamentares também criticaram o presidente da Câmara Municipal, Daniel Puka (PMDB), por sonegar informações.
Marcelino disse que ao propor o tal requerimento, o grupo político de Puka, Caio e Otaviano, está tentando antecipar o pleito eleitoral de 2 de outubro próximo. “Se o vereador apresentou um ofício e não obteve a resposta, basta ir até a Prefeitura Municipal e fazer a fiscalização que deseja. Dentro da circunscrição municipal isso é possível. Agora querer transformar uma falta de informação em crime, não dá para aceitar. Onde está o dolo?”, questionou, acrescentando que se trata de um requerimento irresponsável e que essa situação que vem sendo criada só traz prejuízos para a sociedade.
O vereador Raphael Modesto (PHS), por sua vez, disse que o requerimento se trata de um ato político promovido por pessoas que querem chegar ao poder da forma mais fácil. “Aprovar isso aqui, avaliando juridicamente, seria um ato totalmente inválido. Não existe nenhum dolo. Posso dizer que é um absurdo e temos que trazer para discussão apenas coisas sérias, verdadeiras, afinal de contas o poder legislativo não é circo”, resumiu Modesto, que também é advogado.
Biro Biro, também vereador do PHS, como outros vereadores, reclamou da dificuldade para ter acesso a documentos na Câmara Municipal. “Temos que ter todas as informações disponibilizadas pela presidência sobre o que estamos votando. Só assim, poderemos fazer o julgamento correto das coisas e evitar de fazer o mesmo que os vereadores de Campo Grande, que cassaram o prefeito Alcides Bernal e hoje muitos dos que participaram daquela trama acabaram presos, porque se tratava de uma farsa”.
Osmar de Matos (PSDB), criticou a postura do colega do seu partido de apresentar o requerimento e o posicionamento de Puka, Caio e Otaviano, que encamparam a idéia. “Vamos deixar o prefeito produzir, ele está realizando e entregando obras. Vamos deixar a eleição para a hora certa. Aqui não vou ser injusto, voto contra a criação de uma comissão processante”.
Agnaldo Miudinho (PTB), também criticou Puka por não repassar informações aos vereadores sobre o que seria votado na sessão de terça-feira. “É um fato que deixa a gente triste. Vários vereadores não tiveram acesso a cópia do requerimento e só tomamos conhecimento juntamente com o público que veio assistir a sessão no plenário”, disse. Ao se dirigir ao vereador Otaviano Cardoso, Miudinho disse que o parlamentar mistura o tempo todo política com religião. “Temos que parar com essas falácias, mentiras, o que eu digo eu apresento prova. Temos que agir dessa forma para ser coerente nas nossas posições”.
(Fotos: Lucho Rocha)*