Cientistas revertem perda de memória com composto já usado em humanos

Embora o estudo tenha sido feito em cobaias - a foto mostra neurônios de camundongos - o mesmo mecanismo ocorre em humanos. Foto: University of Cambridge]

Embora o estudo tenha sido feito em cobaias – a foto mostra neurônios de camundongos – o mesmo mecanismo ocorre em humanos. Foto: University of Cambridge

Cientistas das universidades de Cambridge e Leeds (Reino Unido) conseguiram reverter a perda de memória relacionada à idade em camundongos.

A descoberta publicada na revista Nature pode levar ao desenvolvimento de tratamentos para prevenir a perda de memória em pessoas à medida que elas envelhecem.

Melhor ainda, a equipe já identificou um medicamento em potencial, licenciado para uso humano, que pode ser tomado por via oral e inibe a formação das RPNs. Quando este composto foi dado a camundongos e ratos, ele conseguiu restaurar a memória no envelhecimento e também melhorou a recuperação em lesões da medula espinhal.

Experimento em camundongos idosos

Sujeong Yang e seus colegas queriam verificar se a manipulação da composição do sulfato de condroitina das RPNs conseguiria restaurar a neuroplasticidade e aliviar os défices de memória relacionados à idade.

A equipe tratou os camundongos idosos usando um “vetor viral”, um vírus capaz de reconstituir a quantidade dos sulfatos de condroitina 6-sulfato nas RPNs.

Eles descobriram que ele restaurou completamente a memória nos camundongos mais velhos, a um nível semelhante ao observado nos camundongos mais jovens.

Resultados surpreendentes

“Vimos resultados notáveis quando tratamos os camundongos idosos com este tratamento.

A memória e a capacidade de aprender foram restauradas a níveis que [os animais] não apresentavam desde que eram muito mais jovens,” disse a Dra. Jessica Kwok.

“O que é empolgante nisso é que, embora nosso estudo tenha sido apenas em camundongos, o mesmo mecanismo deve operar em humanos.

As moléculas e estruturas do cérebro humano são as mesmas dos roedores. Isso sugere que pode ser possível prevenir os humanos de desenvolver perda de memória na velhice,” acrescentou o professor James Fawcett.

Os pesquisadores estão investigando se isso pode ajudar a aliviar a perda de memória em modelos animais da doença de Alzheimer.

Por Só Noticia Boa com informações do Diário da Saúde