43ª Exporã terá show da sertaneja Paula Mattos no sábado dia 4 de março
Naiane Mesquita*
“Se o amor bateu na nossa porta, que sorte a nossa”. O refrão simples, de uma composição feita a três mãos foi a grande benção que faltava na carreira da cantora Paula Mattos, 26 anos. De volta a Campo Grande para o show de estreia da nova turnê realizado na noite de 16/01, na Room 01, a artista acredita que está realizada, mas “com muita coisa para conquistar a partir de agora”, afirma.
“É uma alegria muito grande poder começar a minha turnê em Campo Grande ao lado da minha família, dos meus amigos, me prestigiando. Preparamos um show bem diferente do que as pessoas estão acostumadas, mas vamos deixar a surpresinha no ar”, desconversa.
Paula deixou de lado o banquinho e o violão e apostou em uma pegada mais animada no palco de Campo Grande. O DVD lançado em abril do ano passado foi o responsável por divulgar ainda mais a música “Que sorte a nossa”, disparada nas rádios de todo o Brasil.
“Essa música é de autoria minha e dos meus parceiros Luiz Henrique e Fernando. O Fernando veio a falecer dois meses antes da gravação do meu DVD, no mês de fevereiro. Ele ia participar, mas já vinha lutando contra a leucemia há um tempo e veio a falecer. A última música que ele fez foi essa, que além de ser muito bonita, tem essa magia que eu falo do Fer. Por isso deixei a segunda voz em homenagem a ele e a família dele”, conta.
Apesar de ser cantora desde os 15 anos, Paula construiu o início da carreira como compositora de grandes músicos do sertanejo atual. Basta uma olhada nas redes sociais da artista para ver a coleção de fotos com famosos, no currículo músicas na voz da dupla Thaeme e Thiago, por exemplo. “Meu sonho sempre foi cantar, ser artista e graças a Deus a gente está trabalhando para isso agora. Tenho muita coisa para conquistar. Eu falo que é um novo começo, de compositora e de artista. Lógico que a gente tem barreiras como todo o mercado tem, mas com fé em Deus a gente vai quebrar essas barreiras”, diz.
Para Paula, apesar do mercado ser competitivo, principalmente para as mulheres, o ano de 2016 promete ser para quebrar as barreiras do machismo na música. “Eu falo pelo fato de ser mulher. Esse ano que passou, de 2015 e de 2016 está apontando bastante para a mulherada. Tem várias mulheres em alta, como Simone e Silmara, Mara e Maraisa e Marília Mendonça. Eu acho que somos quatro nomes mais apontados. Mas tem muitos nomes, muitos talentos pelo Brasil e desejo que esse ano se abra cada vez mais para a mulher”, acredita.
A artista frisa que a união acabou fazendo a diferença no mercado. “Tem músicas minhas com a Marília, com a Simone, elas também tem um contato bacana comigo. O papo da sofrência, o papo de não falar só da mulher, mas do público em geral. Mulher também bebe, também vai para a balada, também quer curtir. Isso trouxe a mulher para o mercado. O povo quer ouvir um assunto que todos se identificam”, dispara.
