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Conheça Lucy, a missão que a Nasa envia no sábado para explorar os asteroides de Júpiter

Por France Presse

Ilustração mostra a espaçonave Lucy passando por um dos asteroides perto de Júpiter. — Foto: Southwest Research Institute/Nasa

Ilustração mostra a espaçonave Lucy passando por um dos asteroides perto de Júpiter. — Foto: Southwest Research Institute/Nasa

A Nasa está pronta para enviar, na manhã de sábado (16), sua primeira espaçonave destinada a estudar os asteroides troianos de Júpiter. A meta da missão é obter novas perspectivas sobre a formação do sistema solar 4,5 bilhões de anos atrás.

A sonda, chamada Lucy em homenagem a um antigo fóssil que ajudou na compreensão da evolução da espécie humana, será lançada a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

A missão é investigar o grupo de corpos rochosos que circundam o sol em dois agrupamento, um precedendo Júpiter em seu caminho orbital e o outro seguindo atrás dele.

Análises mostraram que os asteróides que seguem o sol na mesma órbita de Júpiter são uniformemente escuros com um toque da cor vinho e têm superfícies foscas que refletem pouca luz solar. — Foto: NASA/JPL-Caltech

Análises mostraram que os asteróides que seguem o sol na mesma órbita de Júpiter são uniformemente escuros com um toque da cor vinho e têm superfícies foscas que refletem pouca luz solar. — Foto: NASA/JPL-Caltech

Depois de receber impulsos da gravidade da Terra, Lucy embarcará em uma jornada de 12 anos para oito asteroides diferentes: um no cinturão principal entre Marte e Júpiter e então sete troianos.

“Apesar do fato de que realmente estão em uma região muito pequena do espaço, eles são muito diferentes fisicamente um do outro”, explicou aos repórteres Hal Levison, o principal cientista da missão, sobre os asteroides troianos, que são mais de 7 mil no total.

“Por exemplo, eles têm cores muito variadas, alguns são cinza, alguns são vermelhos”, acrescentou ele. As diferenças indicam a que distância do sol eles podem ter se formado antes de assumir sua trajetória atual.

“O que quer que Lucy encontre nos dará pistas vitais sobre a formação de nosso sistema solar”, afirmou Lori Glaze, diretora da divisão de ciência planetária da Nasa.

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A sonda voará a uma distância de até 400 quilômetros da superfície de seus objetos alvo, e usará instrumentos de bordo e grandes antenas para investigar sua geologia, incluindo composição, massa, densidade e volume.

A nave foi construída pela Lockheed Martin e inclui mais de três quilômetros de fios e painéis solares que, empilhados, teriam a altura de um prédio de cinco andares.

Será a primeira movida a energia solar a se aventurar tão longe do sol, e observará mais asteroides do que qualquer outra nave espacial anterior. O custo total da missão é de 981 milhões de dólares.

Os pesquisadores que descobriram o fóssil Lucy na Etiópia em 1974 a nomearam em homenagem à música dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”, que estavam ouvindo alto no acampamento da expedição.

Em homenagem a essa herança, o logo oficial da missão da Nasa tem forma de diamante.

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