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Contra assédio online, NYT orienta que seus jornalistas reduzam tempo gasto no Twitter

Assinado pelo editor-executivo Dean Baquet, um memorando do New York Times (NYT) enviado a seus jornalistas nesta quinta-feira (7) atualizou normas e recomendações de uso do Twitter pelos profissionais e colaboradores do veículo.
A mudança seria resultado de preocupações levantadas por funcionários da redação sobre serem alvo de trolls da internet.
Vazado para diferentes veículos de imprensa, o comunicado defende que a política do jornal com o Twitter deve ser reformulada, mas pondera que as mudanças propostas não são “absolutamente uma proibição” de uso da plataforma.
Crédito: Reprodução
“Se você optar por permanecer, nós o encorajamos a reduzir significativamente a quantidade de tempo que você está gastando na plataforma”, escreveu Baquet.
Monitoramento

O chefe do NYT também anunciou uma nova equipe interna para apoiar os jornalistas que são vítimas de ameaças nas redes sociais, acrescentando que as postagens dos repórteres no Twitter serão monitoradas por seus chefes.
“Tweets ou subtweets que atacam, criticam ou prejudicam o trabalho de seus colegas não são permitidos”, prossegue Baquet.
Especula-se que a mudança de política também seja uma resposta às críticas de alguns repórteres, incluindo Taylor Lorenz, que, ao se mudar para o Washington Post, condenou a forma como o NYT lida com o assédio online e as mídias sociais usadas por seus jornalistas.
Lorenz disse à MSNBC que os editores do NYT “punem seus jornalistas quando estão sujeitos a campanhas de difamação”. Ela também classificou a mudança da política do jornal em relação ao Twitter como “decepcionante e contraditória”.
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