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Corpo de jornalista assassinado pode ter sido queimado para eliminar provas

Redação Portal IMPRENSA*

O corpo do jornalista saudita Jamal Khashoggi pode ter sido queimado em um forno subterrâneo na residência do cônsul da Arábia Saudita, em Istambul, na Turquia. A informação faz parte de um relatório produzido pela polícia turca e citado pela agência de notícias Anadolu.

Crédito: Reprodução/Youtube

O forno teria capacidade para atingir até 1.000 graus de temperatura. Isso seria suficiente para destruir traços de DNA, informou a agência. Os investigadores suspeitam que o corpo tenha sido queimado depois de desmembrado.

O relatório sugere ainda que a noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, que o esperava fora do consulado no dia do crime e foi responsável pela notificação de seu desaparecimento, quase foi morta também.

Desde 2017, o jornalista vivia nos Estados Unidos para onde se mudou por temer represálias do governo da Arábia Saudita. Crítico da Casa Real, Khashoggi trabalhava como articulista para o jornal The Washington Post.

O jornalista foi morto no dia 2 de outubro de 2018, no consulado saudita, em Istambul. Seu corpo nunca foi encontrado e as investigações sobre sua morte são motivo de polêmica internacional.

O governo da Arábia Saudita afirma que o crime foi praticado por funcionários oficiais, mas sem conhecimento do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman. Onze pessoas foram acusadas de participar do assassinato.

A Turquia, contudo, não está convencida do resultado das investigações e chegou a pedir a deportação dos acusados para serem julgados no país. A solicitação foi recusada pelas autoridades sauditas.

Nos Estados Unidos, o Senado cobra que o governo de Donald Trump tome medidas reais para descobrir, revelar e punir os responsáveis. O presidente, porém, chegou a levantar dúvidas sobre investigação conduzida pela agência de inteligência (CIA) que teria encontrado indícios de que o crime não poderia ter acontecido à revelia do príncipe.

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