Com o crescimento e a intensificação dos casos de violência e tentativa de intimidação a jornalistas trabalhando na Venezuela, o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) atualizou suas orientações de segurança aos profissionais de imprensa.

O documento está disponível em dois idiomas (inglês e espanhol). O objetivo é oferecer informações práticas para que os profissionais, venezuelanos ou estrangeiros cobrindo a crise atual do país, estejam preparados para lidar com situações de insegurança, por exemplo.
As dicas incluem comportamentos de segurança, orientações para nunca trabalhar sozinho e combinar com a chefia contatos regulares, recomendações para utilização constante de equipamentos de proteção (como capacetes e coletes), preparar sempre uma estratégia e um plano de fuga em coberturas de manifestações. Também são relacionadas as chamadas “zonas de segurança”, áreas determinadas pelo governo em que são proibidas determinadas atividades, propriedades e pessoas, e regiões nas quais a embaixada dos Estados Unidos orientou seus funcionários a não irem.
Desde que o presidente Nicolás Maduro anunciou o fechamento das fronteiras do país com o Brasil e a Colômbia, no fim da semana passada, a tensão nessas áreas aumentou. No restante do país também têm sido registrados diversas ocorrências de situações de perigo envolvendo jornalistas no exercício da profissão.
Nesta quarta-feira (27), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, pediu na ONU que Maduro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reúnam para “tentar encontrar pontos em comum e explicar suas diferenças”. A declaração foi dada durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da entidade, em Genebra.
De acordo com agências internacionais de notícias, 20 países se retiraram da sala antes do discurso de Arreaza. Em comunicado conjunto, as missões diplomáticas de vários países, inclusive o Brasil, explicaram que seus governos não reconhecem legitimidade no atual mandato de Maduro na presidência da Venezuela.