Redação Portal Imprensa*
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News aprovou ontem a convocação de representantes no Brasil das empresas WhatsApp, Google, Twitter, Youtube, Instagram, Facebook, The Intercept Brasil e Telegram para prestar depoimento.
Crédito:Waldemir Barreto/Agência Senado

O objetivo é debater sobre a proliferação das fake news pelas redes sociais.
“Existe hoje um processo de fake news em todas as redes sociais. É impossível a gente começar a investigar qualquer coisa se a gente não ouvir as próprias empresas que hoje são responsáveis pela constituição desses compartilhamento”, explicou a deputada Luizianne Lins (PT-CE), autora dos requerimentos.
Alguns parlamentares do Partido Social Liberal (PSL) questionaram os motivos de ouvir os representantes das redes sociais.
Para o senador Flávio Bolsonaro, a iniciativa poderia ser uma tática para se questionar as eleições de 2018, vencida pelo seu pai, Jair Bolsonaro.
Seu irmão, o vereador carioca Carlos Bolsonaro será um dos convocados a depor na CPMI. “Ele e outras pessoas serão convocados. Todo agente público que tiver que ser ouvido pela comissão virá por meio de requerimento de convocação”, afirmou a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da comissão.
De acordo com Lídice, a CPMI vai mirar as eleições do ano passado, em especial a disputa pelo Palácio do Planalto. Durante a campanha, Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) estiveram sob suspeita de compartilhamento de fake news e ataques para difamar o adversário.
A relatora da comissão apresentou o plano de trabalho do colegiado, que não chegou a ser votado, com a proposta de quatro audiências públicas.
A primeira, com acadêmicos e especialistas, seria focada em conceituar as fake news.
Já a segunda e a terceira audiências seriam realizadas com a presença dos representantes das empresas de redes sociais.
A quarta audiência seria focada nas leis de proteção de dados.
Presidida pelo senador Ângelo Coronel (PSD-BA), a CPI mista tem 180 dias para investigar a criação de perfis falsos e ataques cibernéticos nas diversas redes sociais, com possível influência no processo eleitoral e debate público.