Redação Portal IMPRENSA
O Conselho Intergovernamental do Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação (IPDC) da Unesco classificou como “profundamente perturbadora” a tendência ao aumento nas mortes de mulheres jornalistas e no número de mortes de profissionais de imprensa devido a reportagens sobre corrupção e não na linha de fogo de conflitos. O tema foi um dos abordado em reunião de dois dias realizada esse mês, em Paris, na França.

Durante o evento, foi apresentado o sexto relatório sobre segurança dos jornalistas e o perigo de impunidade. O documento relacionou 182 assassinatos de profissionais da área em todo o mundo entre 2016 e 2017, resultando na média de um morto a cada quatro dias. Outra constatação alarmante no levantamento foi que 55% das mortes de jornalistas no ano passado ocorreram em países onde não há conflitos armados e estavam relacionadas a reportagens investigativas sobre corrupção, tráfico e injustiças políticas.
Paralelamente às orientações gerais sobre o monitoramento e o fim da impunidade em crimes contra jornalistas, a recomendação do Conselho foi para que o relatório analítico da entidade seja reforçado e fortaleça ainda mais uma análise sensível ao gênero das vítimas. O objetivo é destacar os riscos específicos aos quais as mulheres estão expostas no exercício da profissão.
Participantes do encontro, a aliança Global para os Meios de Comunicação Social e Gênero e diversos países membros da Unesco fizeram um apelo para que seja realizado um monitoramento público da violência às mulheres jornalistas.
Acesse aqui o relatório do encontro.