Discurso de ódio por raça, etnia ou nacionalidade também será removido do Twitter

Redação Portal IMPRENSA

O Twitter expandiu sua política sobre conduta para usuários e incluiu em suas proibições discurso de ódio que desumanize as pessoas com base na raça, etnia e nacionalidade.

Crédito: Pexels

Em um comunicado atualizado no dia 2 de dezembro, a plataforma afirmou que tuítes com esse tipo de discurso serão removidos quando forem relatados por denúncias. Também serão feitas remoções de conteúdo potencialmente violento a partir de “detecção e automação proativas”.

“Se uma conta violar repetidamente as Regras do Twitter, podemos bloquear ou suspender temporariamente a conta”, afirmou.

Como exemplos de tuítes que serão removidos, a plataforma apresentou oito situações. Em uma delas, o usuário escreveu: “Pessoas com (palavra omitida) são subumanas e não devem ser vistas em público”.

Desde o ano passado, o Twitter mantém em suas regras a remoção de discurso que desumaniza pessoas com base na religião ou casta. Em março deste ano, a plataforma atualizou o comunicado para adicionar idade, deficiência e doença à lista de categorias protegidas.

O grupo de direitos civis Color of Change, parte de uma coalizão de organizações de defesa que tem pressionado as empresas de tecnologia a reduzir o discurso de ódio online, chamou as mudanças de “concessões essenciais” após anos de pressão externa.

Porém, a vice-presidente da entidade, Arisha Hatch, criticou o Twitter por não atualizar a política antes da eleição presidencial de novembro, apesar dos repetidos avisos sobre o discurso violento e desumanizador.

O Twitter disse: “A cada atualização […], buscamos expandir nossa compreensão das nuances culturais e garantir que somos capazes de aplicar nossas regras de maneira consistente. Nós nos beneficiamos do  feedback de várias comunidades e culturas que usam o Twitter em todo o mundo”.

Para o Color of Change, ainda é preciso que a empresa seja transparente em relação a como seus moderadores de conteúdo são treinados e sobre a eficácia de sua inteligência artificial na identificação de conteúdo que viola a política.