Segundo o documento, oito jornais tiveram que fechar este ano por falta de papel, monopolizado no país por uma corporação estatal; e vários portais de notícias sofreram bloqueios da estatal CANTV, o principal provedor de telefonia e internet do país.
AFP*
O SNTP lembra, ainda, um procedimento de sanção, iniciado contra a página web de El Nacional – o principal jornal on-line da oposição, em meio a questionamentos sobre a reeleição do presidente Nicolás Maduro, em 20 de maio.
Já em 2017, segundo a ONG Espacio Público, 51 veículos de comunicação deixaram de operar na Venezuela.
Tudo isso configura, segundo o SNTP, uma situação de “censura imposta pelo governo nacional” e “fechamento de veículos por medidas diretas ou indiretas que buscam frear e controlar a crítica e a auditoria social”.
Ante “a falta de garantias para o exercícios (do jornalismo) e a permanente perseguição”, o sindicato alerta sobre um êxodo maciço de comunicadores.
Conta-se em 1.328 o número de jornalistas que decidiram deixar o país desde 2012, razão pela qual a entidade pede à Federação Internacional de Jornalistas (FIP) que facilite a eles “o exercício profissional” em seus países de acolhida.
O presidente Nicolás Maduro da Venezuela – Foto: Reprodução