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FENAJ acusa que Grupo Globo promove “censura prévia a jornalistas”

Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudia a postura adotada pelo Grupo Globo. Em cartilha, conglomerado de mídia orienta como os profissionais da casa devem se portar diante das redes sociais. A postura configura “censura prévia”, reclama entidade
O Grupo Globo está promovendo “censura prévia a jornalistas”, acusa a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira, 7, a instituição critica publicamente a medida adotada pela maior empresa de comunicação do país. A reclamação da entidade se dá por causa da atualização do documento chamado de “princípios editoriais” do conglomerado midiático.
Entre outros pontos, o material alerta para a necessidade dos comunicadores se mostrarem isentos nas redes sociais.
No entendimento da Fenaj, as “diretrizes para o uso de redes sociais” chanceladas pelo comando do Grupo Globo fere os pilares da liberdade de expressão. Bem que é garantido pelas leis brasileiras. “O artigo 5º da Constituição Federal, em seus incisos IV, VIII e IX, assegura que é livre a manifestação do pensamento, que ninguém será privado de direitos por convicção filosófica ou política e que é livre a atividade intelectual, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”, pontua a entidade.
O documento do Grupo Globo é assinado pelo presidente do conselho editorial, João Roberto Marinho. Divulgada no último domingo, 1º de julho, a versão dos princípios editoriais salienta que os comunicadores da casa devem levar em consideração um fator sempre que for fazer uso de alguma plataforma no ambiente virtual: o nome da empresa estará atrelada a qualquer publicação que for feita. Por isso, afirma-se que não se pode apoiar nenhum candidato ou partido político. Tudo em nome da isenção que é propagada como valor da companhia.
Até o momento, o Grupo Globo não comentou a critica feita pela Fenaj.
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