Homem é condenado por assassinato de jornalista 21 anos depois do crime

Redação Portal IMPRENSA*

A Justiça de Salvador condenou Marcone Rodrigues Sarmento a 6 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Manoel Leal de Oliveira. O crime foi cometido em 14 de janeiro de 1998. Na época do assassinato, a vítima investigava denúncias de irregularidades envolvendo o então prefeito da cidade e o chefe de polícia.

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O acusado foi levado a júri popular no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador

Proprietário do jornal A Região, Oliveira foi morto com seis tiros na porta de sua casa em Itabuna (BA). Marcone havia sido absolvido pelo crime em 2005, mas o Ministério Público (MP) pediu a anulação do julgamento.

O acusado foi levado a júri popular ontem (22), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador (BA). Apesar da condenação, o MP vai recorrer da decisão por considerar que a pena imposta foi baixa. Marcone foi condenado homicídio simples, a promotoria queria seu enquadramento em homicídio qualificado porque os criminosos emboscaram a vítima.

Marcone dirigia o veículo que levou o policial civil Monzar Brasil até o local do crime. Julgado em 2003, Brasil, autor dos disparos, foi condenado a 18 anos de prisão. Outro acusado foi absolvido por falta de provas.

De acordo com o jornal A Região, o filho da vítima, Marcel Leal, que também é jornalista, considerou a condenação, mas ao mesmo tempo “um incentivo ao assassinato de outros jornalistas, já que acena com uma pena ridícula de apenas seis anos em regime aberto. É o recado de que no Brasil matar jornalista não dá nem cadeia para o assassino”. Marcel também ressaltou que falta investigar os mandantes do crime.