Enfermeira e motorista que salvaram idosa na Transamazônica – Fotos: arquivo pessoal
Valeu o esforço da enfermeira e do motorista que empurraram uma maca com cilindro de oxigênio na rodovia Transamazônica para levar ao hospital uma paciente com Covid-19, na última sexta, 12, como mostramos no Só Notícia Boa.
A idosa Ruth de Oliveira, de 72 anos, chegou a tempo, foi tratada, se curou e felizmente teve alta neste Carnaval.
Ela foi levada para casa por Wadson Diniz, o mesmo motorista que ajudou a enfermeira Rebeka Fonseca a empurrar a maca na estrada, que estava bloqueada por carretas nas três faixas. Eles receberam uma homenagem do governo do estado do Pará pelo belo trabalho que fizeram.
“Ela já teve alta, no dia 14. Eu mesmo que fui buscá-la. Estava tão feliz. É um amor de pessoa”, disse o motorista Wadson Diniz, em entrevista ao SóNotíciaBoa.
Dona Ruth mora em Rurópolis, no Pará, mesma cidade onde vive Wadson e não gosta muito de aparecer, de ser fotografada, mas fez questão de agradecer à enfermeira e ao motorista que a salvaram no meio da estrada.
Ex-caminhoneiro
Wadson tem 27 anos e trabalha como motorista no hospital há 8 meses.
Ele conta que era caminhoneiro, mas perdeu o emprego durante a pandemia e aceitou o emprego que apareceu.
“Apareceu essa vaga no hospital. Ninguém queria trabalhar [lá], com medo. Aí resolvi encarar”.
Agora, depois de ter ajudado a salvar dona Ruth ele diz como se sente com o novo serviço.
“Me sinto realizado. Sou cristão. Apenas fiz o que manda a palavra de Deus: amar nosso próximo como a nós mesmos, assim como Deus. Ele não faz acepção de pessoas. Ele ama todos nós”, afirmou.
A história
Ambulância saiu de Rurópolis para Itaituba na última sexta, 12 e ficou presa no congestionamento de carretas no sudoeste do Pará, na rodovia BR-230, a Transamazônica.
Sabendo que o caso da paciente era grave, Rebeka e Wadson saíram da ambulância e empurraram a maca com a mulher, no trecho próximo ao porto de Miritituba.
A paciente estava sendo transferida do município para o Hospital Regional do Tapajós (HRT), que fica em Itaituba, distante 150 km.
No trajeto a pé do motorista e da enfermeira, a paciente chegou a ter uma queda de oxigênio no sangue. Ela é diabética e apresentava complicações da Covid.
Com a ajuda de outras duas pessoas, eles conseguiram levar a mulher até um hospital de referência da região e salvaram a paciente, que agora, está ao lado da família.
Homenagem
Pelo trabalho brilhante que fizeram, a enfermeira e o motorista foram homenageados pelo Estado com medalhas de “Mérito de Cavalheiro”.
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa