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Jornalista brasileiro é detido pela polícia militar na Venezuela

Redação Portal IMPRENSA

O repórter Rodrigo Lopes, do Grupo RBS, foi detido e mantido incomunicável durante duas horas em uma instalação militar em frente ao Palácio Miraflores, em Caracas. O jornalista postou a notícia em suas redes sociais.

Crédito: Reprodução

O incidente aconteceu na sexta-feira (25). De acordo com a publicação, ele teve o celular e o passaporte apreendidos pelas forças do governo do presidente Nicolás Maduro no Centro Estratégico de Seguridad y Protección de la Pátria.

O jornalista estava no país fazendo a cobertura da crise venezuelana para o jornal Zero Hora. Durante o período em que ficou sob a guarda das forças militares, ele foi fotografado e ameaçado. Segundo Lopes, um dos militares lhe disse: “Vamos te prender para saberes o que é bom. A imprensa brasileira chama nosso presidente de ditador”, escreveu o repórter em relato ao jornal.

Seus pertences foram devolvidos quando ele foi liberado. Na saída, outro homem, dessa vez usando trajes civis lhe informou. “Agora, o senhor está fichado conosco, conhecemos tua cara e sabemos onde escreves”.

Lopes disse não ter sofrido agressão física e, apesar de a polícia militar ter revisado suas fotos e textos, nada foi apagado por eles. Depois do ocorrido, após conversa com os editores do Zero Hora e a direção do Grupo RBS, decidiu-se que o jornalista deixaria a Venezuela por segurança. Ele desembarcou no Brasil no domingo (27).

Em comunicado oficial, o Grupo RBS declarou que ” reitera sua defesa à liberdade de imprensa e repudia toda e qualquer forma de violência dirigida a jornalistas em atividade profissional”.

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