A Agência de Notícias AFP divulgou reportagem do jornalista espanhol, correspondente da rede alemã Deutsche Welle (DW) que denunciou no domingo (22/01) ter sido deportado da Venezuela, para onde viajou para cobrir manifestações a favor e contra o governo de Nicolás Maduro previstas para esta segunda-feira.
“Uma tristeza imensa por não poder estar onde deveria, na Venezuela fazendo meu trabalho”, escreveu Aitor Sáez na rede social Twitter depois de chegar a Bogotá, Colômbia, para onde foi enviado pelas autoridades venezuelanas.
Segundo seu relato, funcionários do Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros (Saime) o declararam “inadmissível” ao aterrissar no aeroporto internacional de Maiquetía, a 25 km de Caracas. Isso apesar de ter feito cinco visitas anteriores no período de um ano.
A denúncia de Sáez foi confirmada pelo maior sindicato de jornalistas da Venezuela, que classificou a medida como uma ameaça à liberdade de imprensa.
“O governo insiste em silenciar a imprensa e isolar o país (…). Com o eufemismo de ‘inadmitido’, deporta Aitor Sáez”, declarou o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP).
No ano passado foram registrados vários incidentes similares com repórteres estrangeiros na Venezuela.