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Jornalista sequestrada e torturada há 20 anos na Colômbia ganha Grande Prêmio de Liberdade de Imprensa

Redação Portal IMPRENSA*

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) anunciou a entrega do seu Grande Prêmio de Liberdade de Imprensa à jornalista colombiana Jineth Bedoya Lima, que foi sequestrada na entrada da prisão Modelo de Bogotá, em 25 de maio de 2000, enquanto investigava a morte de 26 internos e o suposto tráfico de armas dentro da prisão

Crédito:Reprodução
Atual subeditora do jornal El Tiempo, Jineth foi torturada, espancada e abusada sexualmente durante o sequestro. Até agora, apenas três pessoas foram condenadas: Mario Jaimes Mejía, Alejandro Cárdenas Orozco e Jesús Emiro Rivera Pereira. Em 2012, a Procuradoria Geral da Colômbia declarou os horrores contra a jornalista como um crime contra a humanidade, o que impede sua prescrição.

“Esperamos que o prêmio à Jineth Bedoya honre seu comportamento diante dos perigos e injustiças a que esteve exposta por tantos anos e sirva para aumentar a conscientização sobre os riscos que muitas mulheres jornalistas sofrem”, destacou a presidente da SIP, María Elvira Domínguez, diretora do jornal El País de Cali, da Colômbia.

Em 2009, Jineth Bedoya criou a campanha “No es hora de callar” (“Não é hora de ficar em silêncio”) para incentivar mulheres vítimas de violência a denunciar. “Essa luta de quase 20 anos significou deixar parte da minha vida nela, mas também teve a recompensa de dignificar e transformar vidas através do jornalismo”, disse Jineth

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