Jornalistas russos condenam a invasão da Ucrânia e denunciam informação estatal

Redação Portal Imprensa
Editor do jornal Novaya Gazeta e ganhador do Prêmio da Paz no ano passado por sua luta em favor da liberdade de expressão, o jornalista russo Dmitry Muratov anunciou que publicará uma edição em russo e ucraniano como demonstração de solidariedade à Ucrânia e em resposta à invasão do país pelo governo de Vladimir Putin.
Laureado com o Nobel da Paz em conjunto com a jornalista filipina Maria Ressa, Muratov disse “peso” e “vergonha” depois que as tropas russas atacaram a Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24).
Crédito: Reprodução Euronews
Russos protestam em Moscou contra a invasão da Ucrânia
“Nosso país, por ordem do presidente Putin, iniciou uma guerra com a Ucrânia. E não há ninguém para parar a guerra. Portanto, junto com a dor, nós e eu sentimos vergonha. (…) Mas vamos publicar esta edição da Novaya Gazeta em dois idiomas – ucraniano e russo. Porque não reconhecemos a Ucrânia como inimiga e a língua ucraniana como a língua do inimigo. E nunca vamos admitir isso.”
Ainda de acordo com Muratov, somente o movimento antiguerra dos russos pode poupar vidas no conflito.
Desinformação

Murato é o primeiro russo da Paz desde 190, o foi o líder soviético Mikato – que ganharia a ganhar o dinheiro russo com o prêmio9.
Em entrevista à CNN nos EUA russa, a jornalista russa Ekaterina Krotikadze explicou o conteúdo da mídia estatal russa para manipular a opinião pública no país. 
“Antes disso tudo aconteceu, houve uma intensa de campanha desinformação, na qual a Ucrânia foi acusada pelo governador Putin de atacar a Rússia e os ucrânianos foram taxados de ‘russofóbicos’. Essa tem sido uma palavra bastante usada na mídia estatal, pois não há outra maneira de justificar tal agressão”, disse Ekaterina.