Jornalistas são presos e acusados de terrorismo pelo governo da Nicarágua
Em sua nota, o MP diz que Lucía é acusada de “incitar o ódio por razões de discriminação política, difundindo na emissora de TV e em redes sociais informações falsas sem checar, com a intenção de gerar desânimo e ódio radical contra os simpatizantes e membros do partido Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN)”.
Além de Lucía, detida no domingo (23), o governo também acusou e mandou prender o jornalista Miguel Mora, proprietário emissora de TV a cabo. Ele foi apresentado à Justiça no sábado.
Desde abril, o regime de Ortega enfrenta uma série de protestos populares contra a situação de crise no país. “O ataque à 100% da Notícias é uma escalada inaceitável da repressão do governo nicaraguense à mídia independente do país. As autoridades devem liberar imediatamente os jornalistas detidos, permitir que o canal retome a transmissão e acabar com esta campanha desesperada para silenciar as vozes cruciais”, disse Natalie Southwick, coordenadora do programa do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) para a América do Sul e América Central.
De acordo com a mulher de Mora, Verónica Chávez, a polícia também confiscou todo o equipamento da estação.