Cinco policiais rodoviários federais foram presos durante operação em Mato Grosso do Sul. Outros dois ‘gerentes’ da quadrilha também foram detidos.
Por G1 MS
Legenda: Coletiva da PF e da PRF em Campo Grande — Foto: PF/Divulgação
A Justiça mandou bloquear até R$ 1,2 milhão de integrantes da quadrilha desarticulada em Mato Grosso do Sul e que contrabandeava cigarros do Paraguai com a ajuda de policiais rodoviários federais, cinco deles foram presos nesta quinta-feira (5), durante operação da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com a PF, até R$ 90 mil foram bloqueados de cada um dos cinco gerentes da organização e até R$ 160 mil de cada um dos cinco policiais presos. Além deles, dois gerentes foram detidos e os outros três estão sendo procurados. Segundo as investigações iniciadas em 2016, eles eram o elo entre os chefes do bando e o outros integrantes, como os motoristas, por exemplo.
100%
A operação desta quinta recebeu o nome de Managers, gerentes em inglês, e 100% em alusão às funções dos integrantes da organização criminosas e à forma como se comunicavam. De acordo com a polícia, 100% era um código para saber se tudo estava dentro do previsto. Quando uma carga saia do depósito, era comum a pergunta, “e aí tá 100% ?”
A operação
Cinco policiais rodoviários federais foram presos nesta quinta-feira, em Mato Grosso do Sul, durante operação que desarticulou uma quadrilha que contrabandeava cigarros do Paraguai, outros dois policiais foram afastados dos cargos. Documentos e um carro de luxo foram apreendidos.
A ação foi realizada em conjunto entre as Policias Federais e a Polícia Rodoviária Federal, que investigaram uma rede de agentes públicos que dava suporte à atividade criminosa. Estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão, com a participação de aproximadamente 80 policiais federais e 30 Policiais Rodoviários Federais.
As medidas estão ocorrendo nas cidades nas cidades sul-mato-grossenses de Naviraí, Jutí, Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Dourados e Campo Grande, além de Umuarama, no Paraná.
As investigações apontam que a organização movimentava centenas de carretas de cigarros trazidas do Paraguai para o Brasil. Para facilitar a passagem das cargas, policiais eram constantemente corrompidos.
O esquema criminoso contava com um organograma com pessoas que ocupavam a função de gerentes, batedores, olheiros e transportadores.
Em 2018, a PRF apreendeu 38,6 milhões de maços de cigarros contrabandeados do Paraguai em Mato Grosso do Sul, no ano passado, foram 16,5 milhões e 2,8 milhões nos dois primeiros meses desse ano.
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Carro de luxo apreendido durante a operação em MS — Foto: PF/Divulgação