Marinha do Brasil emprega na Operação Ágata Oeste o navio de guerra mais antigo do mundo ainda em serviço

Navio Monitor Parnaíba durante as fiscalizações da Operação Ágata Oeste


Monitor Parnaíba completa, em breve, 87 anos e segue sendo um navio moderno, robusto e capaz de atuar nos diversos campos do Poder Naval

Ladário (MS) – A Operação Ágata Oeste 2024, concebida pelo Ministério da Defesa e executada pelo Comando Conjunto Oeste, conta com as Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública e Fiscalização (OSPF) nas faixas de fronteira de Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Dentre as 23 embarcações da Marinha do Brasil empregadas na operação, destaca-se o emprego do Monitor Parnaíba (MParnaíba – U17), navio de guerra mais antigo do mundo ainda no serviço ativo.
Além de viaturas e aeronaves, a MB atua como Força Naval Componente com 536 militares do Comando do 6o Distrito Naval (Com6oDN) e nove navios, que operam com embarcações menores, no Rio Paraguai, em ações preventivas e repressivas, tais como patrulhamento fluvial, Inspeção Naval e estabelecimento de postos de bloqueio e controle de vias fluviais.
O “Monitor Parnaíba” é um dos navios empregados na operação para realizar atividades de abordagem em proveito da segurança marítima, de forma a contribuir para a sensação de segurança da população.
“Ele foi projetado para operar em rios de baixa profundidade, como é o caso do Rio Paraguai. Ao longo dos anos, sofreu modernizações, a fim de acompanhar o desenvolvimento tecnológico, incrementando suas capacidades operativas. Atualmente, é equipado com avançados sistemas de navegação e armamento que, atrelados às características projetadas no passado, resultam em um navio moderno, robusto e versátil, capaz de atuar nos diversos campos do poder naval”, ressaltou o Comandante do Monitor Parnaíba, Capitão de Corveta Robson de Freitas Reis.

Durante visitas às estruturas das Forças Componentes Conjuntas, da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, no período de 5 a 9 de setembro, a comitiva do Comando Operacional Conjunto Ágata, após sobrevoar a área operacional em aeronave do 1o Esquadrão de

Helicópteros de Emprego Geral do Oeste, pousou no convés de voo do “Monitor Parnaíba” e teve a oportunidade de conhecer seus principais compartimentos e capacidades operativas.
Fatos históricos do Navio “Monitor Parnaíba”
No dia 6 de novembro de 1937, um navio, com projeto tão somente brasileiro, estava pronto no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, marcando a retomada da construção naval no Brasil, no século XX. Hoje, aos 86 anos, o Navio “Monitor Parnaíba” traz, em seus conveses, histórias e episódios que fazem deste navio patrimônio cultural da Marinha do Brasil; e embarca, em cada compartimento, herança, cultura e tradição de gerações.
O batimento da quilha (primeira fase do navio) aconteceu em 11 de junho de 1935, na Ilha das Cobras (RJ), marcando o início oficial da construção do casco e, finalmente, 17 meses após intensos trabalhos, o Navio “Monitor Parnaíba” flutuou pela primeira vez e abriu o caminho para novas construções na indústria naval brasileira.
Em março de 1938, o navio foi incorporado à Flotilha de Mato Grosso e, em abril de 1943, foi para a Força Naval subordinada ao Comando Naval do Leste, em Salvador-BA, a fim de escoltar comboios e patrulhar o porto durante a Segunda Guerra Mundial. Em maio de 1945, retornou a sua sede, Ladário (MS), onde permanece até hoje.
Operação Conjunta Ágata Oeste – A Operação Ágata Oeste integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal. Em 12 dias de operação, as ações das Forças Armadas e órgãos de segurança resultaram em prejuízo de mais de R$ 100 milhões ao crime organizado.
O balanço final da Operação Ágata Oeste engloba ações realizadas em solo brasileiro, que somaram mais de R$ 20 milhões em prejuízo ao crime organizado, e os mais de 15 milhões de dólares (R$ 84 milhões na conversão), fruto da operação espelhada Basalto III, realizada pelo Exército Brasileiro no mesmo período.
Nesta edição, são empregados cerca de 2 mil militares e utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permite uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação.

Comitiva do Comando Conjunto da Operação Ágata Oeste em visita ao Navio Monitor Parnaíba