O adeus a Orlando Duarte, um dos mais prolíficos jornalistas esportivos do Brasil

Redação Portal IMPRENSA
Orlando Duarte tinha orgulho de ser considerado o herdeiro de Thomaz Mazzoni, o primeiro grande jornalista esportivo do Brasil. Com mais de 50 anos dedicados à profissão, cobriu 14 edições da Copa do Mundo e dez Olimpíadas, além de ter atuado como repórter, locutor, comentarista, cronista, escritor e executivo de grandes empresas de comunicação.
Na mídia impressa trabalhou, entre outros, nos jornais A Gazeta Esportiva, A Gazeta, Mundo Esportivo, A Gazeta Esportiva Ilustrada, O Tempo, Última Hora e Diário da Noite. Foi comentarista esportivo nas rádios Bandeirantes, Jovem Pan, Trianon e Gazeta, e também da TV Cultura, SBT, Globo, Bandeirantes e Gazeta.
Orlando Duarte publicou mais de 30 livros, incluindo biografias de personalidades do esporte, enciclopédias das Copas do Mundo e das Olimpíadas, além de obras sobre Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e Portuguesa.
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Orlando e a esposa, Conceição: mais de 30 livros publicados

Foi um dos jornalistas que mais acompanharam o Santos de Pelé, cobrindo, durante a década de 1960, excursões do time pela Europa, África e Américas. Boa parte do imaginário popular sobre o Rei do Futebol foi construída a partir de seus textos e comentários.

Há pouco mais de um ano, foi diagnosticado com o Mal de Alzheimer. O jornalista morreu aos 88 anos nesta terça (15), em São Paulo, em decorrência da Covid-19. Orlando Duarte deixa a mulher Conceição, seis filhos e seis netos.
“Orlando foi bravo, foi um lutador, foi forte demais e morreu à revelia. Ele não queria morrer. De um tempo para cá, ele foi fazer alguns exames e pegou COVID-19. Ele foi muito bem cuidado e foi um gigante, ainda mais nessa hora e morreu com classe. Não reclamava de nada. Não achava nada ruim”, disse Conceição, viúva do jornalista, à ESPN Brasil.