Edilson José Alves*
Uma postagem feita por uma pessoa identificada no Facebook como “Thatynha Gonzales”, que não é beneficiária do programa de casas populares em Ponta Porã, será apurada com todo rigor e a responsável pela publicação terá de responder pelo ato e, se for constatada a infração, poderá ser processada e até presa.
Na quinta-feira, uma publicação denunciada por uma pessoa identificadana rede social como “Relógios da Lu”, dava conta da venda de uma casa de 2 duas peças no conjunto Kamel Saad pelo valor de R$ 50 mil. Essa publicação é atribuída a “Thatynha Gonzales”, que não é uma das contempladas.
Ocorre que na foto do anúncio do Facebook aparece a foto da senhora Ana Cristina Sanguina, brasileira, nascida em Ponta Porã, moradora na rua Barra Bonita, bairro Altos da Glória. Ana Cristina é chefe de família, mãe de uma pessoa especial, um cadeirante, preencheu todos os requisitos necessários para ser beneficiada e prestou todas as informações exigidas pela Caixa Econômica Federal. Sendo que nas visitas feitas pela equipe da Agência de Habitação (Habiporã), sempre foi localizada no endereço indicado.
Após toda a confusão provocada na rede social, a tal “Thatynha Gonzales”, gravou áudio e postou em grupos de WhattsApp, através do qual se desculpou pelo ocorrido, o qual ela caracterizou como sendo uma brincadeira. Teria feito sem avaliar as conseqüências.
Através do Facebook, “Thatynha”, primeiro disse ser irmã da beneficiária e quis apenas brincar. Depois, já não confirmou mais o parentesco, apenas ressaltou que é amiga.
Diante da situação, o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novais, gravou um áudio e veiculou o mesmo nos grupos de WhattsApp, através do qual assegurou a transparência do processo e alertou que as casas que ainda serão entregues não poderão ser vendidas ou alugadas. Quem se arriscar a fazer isso poderá ser processado e até preso. E o infrator não é apenas quem vende, mas também quem compra este tipo de imóvel.
Nesta sexta-feira pela manhã, a direção da Habiporã acompanhou a beneficiária que aparece na foto, Ana Cristina Sanguina, para ser ouvida pelo Ministério Público e depois prestou queixa na Delegacia de Polícia Civil. Ela disse que não existe nenhum parentesco com quem fez o anúncio da venda. Os culpados por essa situação não ficarão impunes, assegurou a Habiporã.