Auditores exigem regulamentação do bônus por eficiência a ser pago como acréscimo nos salários da categoria quando forem cumpridas metas de desempenho.
Por Martim Andrada, TV Morena
Em Ponta Porã, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, desde outubro os auditores fiscais da Receita Federal tem intensificado uma operação padrão deste outubro do ano passado e trabalham com 100% do efetivo apenas duas vezes por semana. Com isso, a média de liberação de caminhões que precisam da liberação alfandegaria para sair do país com suas cargas, que era de 150 veículos por dia, caiu para cerca de 40.
Esse protesto tem provocado longas filas nas ruas perto do prédio do órgão público. São mais de 200 veículos. E na quinta-feira (1º de abril), em uma manifestação que acontece em todo o país, os auditores estiveram com as atividades totalmente paralisadas.
O ato teve como objetivo de exigir do governo federal a regulamentação do bônus por eficiência a ser pago como acréscimo nos salários da categoria quando forem cumpridas metas de desempenho.
A paralisação ocorreu justamente poucos dias depois da inauguração do porto de Concepcion, no Paraguai. O terminal foi inaugurado no dia 20 de fevereiro e fica a cerca de 200 quilômetros de Ponta Porã, representando uma nova alternativa logística para a exportação de produtos brasileiros e sul-mato-grossenses, como a soja, por exemplo, para o mercado asiático.
Com o movimento dos auditores, caminhões carregados com soja, estão parados na fronteira, esperando. Os motoristas não tem a mínima expectativa de quando serão liberados para seguirem viagem.
O Ministério da Fazenda não comenta sobre a paralisação e diz que o acordo ainda falta ser regulamentado e que não há prazo para isso acontecer.
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Caminhão estacionado ao lado de prédio da Receita Federal em Ponta Porã (MS), aguarda liberação para seguir viagem (Foto: Reprodução/TV Morena)