Rebeca Andrade ganha prata no salto e se torna maior medalhista do Brasil

Ginasta conquista sua quinta medalha e iguala Robert Scheidt e Torben Grael como atletas brasileiros mais vencedores na história das Olimpíadas

Gabriel Fontana
Da Redação

Rebeca Andrade em Paris 2024 – Foto: Wander Roberto/COB

O dia 3 de agosto de 2024 entrou para a história do olimpismo brasileiro. Isso porque Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata no salto, na disputa por aparelhos da ginástica artística feminina, e igualou Robert Scheidt e Torben Grael como a maior medalhista brasileira em Olimpíadas, com cinco conquistas cada.

Até então com quatro medalhas, ela estava ao lado de Isaquias Queiroz, da canoagem, que ainda competirá nestes Jogos. Antes, a ginasta já havia conquistado a prata na final geral individual e o ouro no salto nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Em Paris, ganhou o bronze na disputa por equipes, a prata na final geral individual e agora a prata no salto.

Rebeca ficou atrás apenas da estadunidense Simone Biles, que conquistou mais um ouro nesta edição dos Jogos. A atleta dos Estados Unidos se apresentou primeiro, e conquistou uma média de 15.300 pontos.

Desempenho de Rebeca garante a prata

No seu primeiro salto, a ginasta brasileira fez um Cheng, de dificuldade 5.600, e marcou 15.100 pontos. Em sua segunda apresentação, realizou um Amanar, de dificuldade 5.400, e atingiu 14.833 pontos, levando à média de 14.833 pontos. Foram os mesmos saltos que Rebeca apresentou em Tóquio, quando conquistou a medalha de ouro.

Rebeca Andrade vibra após salto na final da ginástica artística / Foto: Wander Roberto/COB

Após os saltos da sul-coreana Seojeong Yeo, ficou garantida mais uma medalha para a brasileira. Com a apresentação da estadunidense Jade Carey (que ficou com a bronze), veio a confirmação da medalha de prata, a nona do Brasil nessas Olimpíadas.

Agora, Rebeca Andrade segue na disputa por mais duas medalhas. A ginasta está nas finais da trave de equilíbrio, junto de Júlia Soares, e do solo. Ambas as disputas acontecerão na segunda-feira, 5, na conclusão das competições da ginástica artística.

Outros resultados do dia

O Brasil teve outro feito histórico neste sábado, 3. A equipe mista de judô venceu a Itália na disputa pelo bronze e garantiu a primeira medalha do país nesta categoria. Foi a 28ª conquista na modalidade, disparadamente a que mais deu medalhas para atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos.

No remo, Beatriz Tavares e Lucas Verthein disputaram a final C (que define o 13º ao 18º lugar) em suas categorias e terminaram na 15ª colocação. No tiro com arco, Ana Luiza Caetano foi eliminada pela francesa Lisa Barbelin nas oitavas de final da disputa individual. No ciclismo de estrada, Vinícius Rangel terminou na 71ª posição.

No atletismo, Flávia Maria de Lima (02:01.64) disputou a repescagem dos 800 metros rasos, mas não conseguiu se classificar para a próxima fase. Da mesma forma, Felipe Bardi (10.18 s), Erik Cardoso (10.35 s) e Paulo André (10.46 s) não conseguiram avançar para a semifinal e foram eliminados. No decatlo, José Santana segue realizando as provas e está parcialmente na 14ª posição.

Pepê Gonçalves durante prova classificatória da canoagem slalom cross / Foto: Luiza Moraes/COB

No handebol, a seleção feminina do Brasil venceu a Angola por 30 a 19 e conseguiu a classificação para as quartas de final. Na canoagem slalom cross, Pepê Gonçalves terminou em segundo lugar na sua bateria e avançou para as oitavas de final. Já Ana Sátila caiu para a repescagem, mas conseguiu se recuperar e se classificar para a próxima fase.

Definições no futebol e no boxe

Ainda neste sábado, a seleção feminina de futebol entra em campo às 16h para enfrentar a França pelas quartas de final do torneio olímpico. No surfe, as semifinais e finais masculina e feminina foram adiadas devido ao mau tempo. Uma nova chamada será realizada às 16h30 para verificar as condições para a disputa que envolve os brasileiros Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb.

Por fim, a boxeadora Beatriz Ferreira sobe ao ringue para enfrentar a irlandesa Kellie Harrington em busca de uma vaga na final da sua categoria. A brasileira já garantiu no mínimo o bronze (já que no boxe não tem disputa pelo terceiro lugar), mas busca a revanche contra sua algoz nas Olimpíadas de Tóquio 2020, quando acabou ficando com a prata.

Quadro de medalhas

O Brasil segue na 20ª posição no quadro de medalhas, acumulando nove conquistas: uma de ouro, vencida por Beatriz Souza; quatro de prata, sendo duas de Rebeca Andrade, na final individual geral e no salto, uma de Caio Bonfim (atletismo marcha atlética, 20 km) e uma de Willian Lima (judô), que foi medalhista no mesmo dia em que Larissa Pimenta (judô) e Ravssa Leal (skate street) garantiram medalha de bronze, mesma conquista alcançada pelas equipes de ginástica artística feminina e de judô.

O quadro de medalhas continua sendo liderado pela China, com 16 medalhas de ouro e 36 ao todo. A Austrália aparece na segunda posição, com 12 medalhas de ouro e 24 no total, enquanto os Estados Unidos ocupam o terceiro lugar, com 11 medalhas de ouro e 51 ao todo.