Redação Portal IMPRENSA
O presidente Donald Trump passou a mão na cabeça da Arábia Saudita no caso do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, mas o Senado americano tomou postura contrária e responsabilizou o governo de Riad pelo crime. Em decisão unânime, os parlamentares apoiaram resolução responsabilizando o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman pelo assassinato e cobrando das autoridades sauditas a punição dos envolvidos. Crédito:Fotos Públicas/Architect of the Capitol

No mês passado, Trump havia questionado o conteúdo de um relatório da CIA, agência americana de investigação, que indicava envolvimento da família real no crime. Nesta semana, Khashoggi e mais um grupo de jornalistas foi homenageado com o título de Pessoa do Ano 2018 na tradicional eleição da revista Time.
Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro, dentro da embaixada de seu país em Istambul, na Turquia. Conhecido opositor da monarquia de seu país, ele havia se mudado em 2017 para os Estados Unidos, onde trabalhava como articulista do Washington Post.
Inicialmente, autoridades sauditas negaram que o crime tivesse sido cometido e chegaram a dizer que ele havia deixado a instalação. Posteriormente, contudo, o governo de Riad admitiu o assassinato, mas afirmou que ele havia sido praticado por um grupo de homens sem a interferência da Casa Real.
Em decisão histórica, os senadores também aprovaram uma resolução para o fim do apoio dos Estados Unidos à Arábia Saudita na guerra contra o Iêmen. A votação teve 56 votos a favor e 41 contra.