A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP na sigla em espanhol) manifestou preocupação com “o crescimento nos últimos meses, da agressividade em relação à atividade jornalística” no Brasil. A entidade destacou os altos índices de impunidade nesse tipo de crime no país e solicitou “urgência na votação e implementação de projetos de lei que prevejam a punição de crimes contra comunicadores como crimes horrendos e, em caso de necessidade, a federalização dos crimes contra comunicadores no exercício da profissão”.

As informações fazem parte dos relatórios sobre a situação da imprensa nas Américas. Os documentos foram apresentados durante a reunião de meio de ano da entidade, realizada nos dias 29 e 31 de março, na Colômbia.
Para a SIP, a intensificação dos radicalismos políticos foi fator determinante para o aumento da agressividade contra profissionais de imprensa. “A exacerbação política da campanha eleitoral do ano passado, amplificada pelas redes sociais, estimulou a intolerância contra jornalistas, revelando uma tendência antiliberdade de imprensa que persiste”, alerta o documento, relatando diversos casos registrados no país.
A entidade classifica as críticas constantes contra a imprensa feitas pelo presidente da República Jair Bolsonaro nas redes como postura que “estimulou uma crescente onda de ofensas e difamações contra jornalistas e meios de comunicação”.
Acesse a íntegra dos relatórios com a análise da situação e sobre a impunidade no Brasil.