SIP pediu que as autoridades garantam a segurança dos seus funcionários e identifiquem e punam os responsáveis por este “ato violento e ilegal”.
Miami (8 de março de 2018).- A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) repudiou a invasão das instalações do jornal O Globo no Rio de Janeiro, Brasil, por manifestantes e pediu que as autoridades garantam a segurança dos seus funcionários e identifiquem e punam os responsáveis por este “ato violento e ilegal”.
Cerca de 400 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST), a maioria mulheres, invadiram esta manhã durante meia hora o parque gráfico do jornal que pertence à Grupo Globo, empresa multimídia. Os manifestantes, alguns com facões, chegaram em dez ônibus ao estacionamento do jornal e invadiram o prédio. Os funcionários da segurança não conseguiram evitar a invasão da empresa.
O presidente da SIP, Gustavo Mohme, repudiou “o ato violento e ilegal contra o meio de comunicação”. Mohme, diretor do jornal peruano La República, acrescentou que “a democracia permite protestos, mas quando estes são feitos com violência, intimidação e afetando o direito de terceiros e, neste caso, a liberdade de imprensa, transformam-se em uma ação condenável que as autoridades devem investigar imediatamente para apurar responsabilidades”.
Roberto Rock, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação e diretor do Silla Rota, portal mexicano de notícias, afirmou que “condenamos e rejeitamos de forma vigorosa a atitude ameaçadora e agressiva dos manifestantes que colocaram em risco a segurança física dos funcionários do jornal”.
Os manifestantes, que divulgaram a invasão nas redes sociais, fizeram pichações de mensagens políticas nas vidraças, paredes e no piso do prédio. Não houve feridos.
A SIP é uma entidade sem fins lucrativos dedicada à defesa e à promoção da liberdade de imprensa e de expressão nas Américas. É composta por 1.3000 publicações do hemisfério ocidental e tem sede em Miami, Estados Unidos.