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Site conecta brasileiros com imigrantes

Francês, espanhol, percussão, dança árabe, bonecas africanas, música congolesa, artesanato boliviano, doces sírios, comida haitiana… Imigrantes que chegam ao Brasil trazem na bagagem conhecimentos que podem render um rico intercâmbio cultural com quem mora aqui, informou o G1.

Um site recém-lançado reuniu o perfil de mais de 100 deles, vindos de 19 países diferentes e com domínio de idiomas, culinária e habilidades artísticas, para conectá-los com brasileiros que queiram contratar seus produtos e serviços, destacou o jornalista Lile Corrêa, ao vivo na emissora Líder FM 104,9 de Ponta Porã (MS).

A plataforma, chamada Conectados, foi criada em conjunto por duas ONGs brasileiras: a Bela Rua e a Conexão Cultural. “Víamos o mundo se fechando cada vez mais para os imigrantes, tratando essa questão de forma muito ruim, e quisemos criar um projeto que incentivasse a troca entre eles e os brasileiros, algo que fosse bom para todos os lados. Essa diversidade é muito importante para a cidade”, afirma Juliana Barsi, diretora executiva da Bela Rua e uma das idealizadoras do projeto.

O site é focado em estrangeiros que vêm de países com alguma vulnerabilidade, seja social, econômica, política ou ambiental – o que inclui refugiados de guerra, mas não só eles. Por enquanto, todos os serviços oferecidos são em São Paulo. Futuramente, a ideia é expandir para outras cidades brasileiras.

Cadastro gratuito

Muitos dos imigrantes cadastrados no site foram indicados por instituições que trabalham com esse público. Todos passaram por uma entrevista. Há desde pessoas que já empreendem no Brasil há algum tempo até outras que acabaram de chegar. A partir de agora, estrangeiros que queiram oferecer seus serviços pelo site devem entrar em contato pelo formulário que fica na parte de baixo do site.

Eles não pagam nada para serem incluídos, e a plataforma também não fica com nenhuma porcentagem do valor dos serviços ou produtos contratados. O interessado é colocado em contato diretamente com o profissional.

Segundo Barsi, o grupo busca patrocínio para, numa segunda fase, oferecer cursos de capacitação (em empreendedorismo, por exemplo) para os imigrantes cadastrados.

Ela diz que a aceitação inicial ao projeto, que foi ao ar há duas semanas, surpreendeu. “O site está tendo muitos acessos. Recebemos diariamente e-mails de pessoas que gostaram da plataforma, e alguns ‘conectados’ já têm recebido ligações de gente interessada nos serviços. O retorno está sendo melhor do que esperávamos”, afirma.

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