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Uma startup mexicana transforma lixo plástico em casas populares: moradias duráveis e acessíveis para combater a pobreza extrema.
A EcoDom, fica em Puebla e está combatendo dois grandes problemas do país com uma solução inteligente.
Ele reciclam o lixo e transformam em materiais para a construção de casas populares mais baratas construídas em uma semana.
Com subsídio do governo cada casa sai ao valor de 5 mil pesos, cerca de 1.500 reais.
As casas
O processo é simples. Primeiro a empresa coleta todos os tipos de plástico – de garrafas de refrigerante a brinquedos velhos.
Depois separa para encontrar os que derretem sem emitir gases prejudiciais. Em seguida, eles colocam o plástico em uma máquina para cortá-lo.
As peças são colocadas em um forno que aquece até 350 graus Celsius e levam meia hora pra derreter todo o material.
O líquido passa numa prensa hidráulica que comprime e cristaliza na forma de painéis.
As casas são relativamente grandes e têm cerca de 130 metros quadrados, com dois quartos, um banheiro, sala de estar e cozinha.
“Leva apenas sete dias para construir uma casa que usa duas toneladas de plástico”, disse González.
Duráveis
As propriedades duráveis, impermeáveis e acessíveis do plástico proporcionaram uma vantagem competitiva.
“[Uma casa] mantém você aquecido, os custos são baixos, é ótimo para o meio ambiente e vai durar 100 anos sem desmoronar”, garantiu o fundador da EcoDom.
Poluição
O país é o 12º maior consumidor de plásticos do mundo, com mais de 5 milhões de toneladas de plástico a cada ano.
Pensando nisso, em 2013, Carlos Daniel González fundou a startup.
Criado no estado de Puebla, ele lembra da poluição e dos danos causados à comunidade.
“Quando criança, eu me lembro de ver todo o plástico e a contaminação que ele causava, para nós e para os animais”, disse González.
“Sempre me preocupei com o meio ambiente, então decidi que precisava criar uma solução.”
Pobreza
No México, 11,5 milhões de pessoas vivem em extrema pobreza, o que representa 10% da população
Puebla, onde está sediada a EcoDom, é um dos estados mais pobres do México, com 64% da população vivendo na pobreza.
Segundo González, isso significa que as pessoas do bairro dele não têm as necessidades básicas de alimentação e moradia.
“Vivo em um lugar com muita pobreza e problemas de marginalização. Algumas pessoas vivem em condições realmente deploráveis, lugares que nem dá para chamar de casa. Minha visão é muito clara. Tenho a convicção de ajudar o máximo de pessoas que puder a ter uma vida digna, livrando-me da pobreza extrema, limpando meu país ao mesmo tempo”, disse González.
Com informações do BrightVibes