Redação Portal IMPRENSA*
Na terça-feira (11) Glenn Greenwald, jornalista e coautor das reportagens do The Intercept Brasil, concedeu entrevista à Agência Pública. Na entrevista “Glenn Greenwald: ‘a Globo e a força-tarefa da Lava Jato são parceiras’”, o jornalista falou sobre as reações dos envolvidos e tratou da cobertura da imprensa sobre a Lava Jato antes e depois das reportagens do The Intercept Brasil.
Após a publicação da entrevista da Agência Pública com Glenn Greenwald, a Rede Globo se manifestou por meio de “nota de esclarecimento” enviada à Pública no dia 12 de junho. Um dos trechos da nota destaca: “Se a avaliação dele [Glenn Greenwald] em relação ao jornalismo da Globo e a cobertura da Lava-Jato nos últimos cinco anos é esta exposta na entrevista, por que insistiu tanto para repetir ‘uma parceria vitoriosa’ e ser tema de um dos programas de maior prestígio da emissora?”.
Crédito:Reprodução Twitter

Hoje (dia 13), Glenn respondeu à nota da Globo por meio do seu Twitter (leia na íntegra). “A Globo publicou ontem uma extensa nota com acusações e falsidades sobre mim. O objetivo é claro e é o mesmo que aparece em toda a cobertura da Globo sobre esse assunto: distrair a atenção da substância das reportagens que expõem sérios desvios na conduta de Moro, Deltan e a Força-tarefa da Lava Jato”, afirma o jornalista.
Vaza Jato
No último domingo (9), o The Intercept Brasil publicou reportagens sobre as conversas do ex-juiz Federal Sérgio Moro e os procuradores envolvidos na Força Tarefa da operação Lava Jato, o que provocou reações que vão dos questionamentos jurídicos ao debate sobre o que seria o interesse público na publicação de vazamentos de conversas.
A publicação dos vazamentos das conversas feitas no aplicativo Telegram são defendidos pelo The Intercept em editorial. “A importância dessas revelações se explica pelas consequências incomparáveis das ações da Lava Jato em todos esses anos de investigação. Esse escândalo generalizado envolve diversos oligarcas, lideranças políticas, os últimos presidentes e até mesmo líderes internacionais acusados de corrupção.”